CSIRT: entenda sua atuação contra incidentes de segurança cibernética

O CSIRT ou Time de Resposta a Incidentes de Segurança da Informação possibilita respostas rápidas a incidentes de cibersegurança dentro das empresas, reduzindo drasticamente os riscos. Entenda.
Tempo de leitura: 9 minutos
CSIRT

Sumário

Pesquisas e estudos globais têm apontado para um aumento considerável no número de ataques e incidentes cibernéticos em todo o mundo. Essa realidade, que causa danos muitas vezes irreparáveis a organizações e pessoas, demanda respostas rápidas e organizadas. Exemplo de solução que tem sido adotada por empresas de todos os setores e tamanhos é o CSIRT – Computer Security Incident Response Team ou Time de Resposta a Incidentes de Segurança da Informação. 

Para se ter ideia, um levantamento da Check Point Research, empresa especializada em proteção contra ciberameaças, aponta que, no terceiro trimestre de 2024, o número médio de ataques cibernéticos por organização no mundo atingiu um recorde, com um aumento de 75% em relação ao mesmo período de 2023. 

Além disso, a tendência é que os cibercriminosos adotem técnicas cada vez mais sofisticadas, como ataques personalizados que miram em indivíduos ou empresas específicas. E neste contexto, o CSIRT – time de profissionais de TI que realiza avaliação, gerenciamento e prevenção de emergências de segurança cibernética – reduz tempo a crise e a solução, minimizando danos.

Entenda neste artigo como funciona o CSIRT, os modelos organizacionais possíveis de serem adotados e também as vantagens de contar com um CSIRT interno ou terceirizado. Você ainda vai conhecer outros conceitos voltados a emergências de cibersegurança, como SOC e CERT. Continue a leitura!

O que é CSIRT

O CSIRT – Computer Security Incident Response Team ou Time de Resposta a Incidentes de Segurança da Informação é um grupo de profissionais de TI que fornece a uma organização serviços e suporte baseados na avaliação, gerenciamento e prevenção de emergências que estão ligadas à segurança cibernética, além da gestão de esforços de resposta a incidentes.

O principal objetivo de um CSIRT é responder a incidentes de segurança de computadores de forma rápida e eficiente, de maneira que seja possível recuperar o controle e minimizar os danos causados por invasores. 

A equipe que integra o CSIRT é responsável por receber, revisar e responder relatórios de incidentes de segurança de computadores e atividades realizadas por qualquer usuário, empresa, agência governamental ou organização. É designado um ponto de contato confiável que relata incidentes de segurança de computadores e dissemina informações importantes relacionadas a esses incidentes. 

É importante ressaltar que o CSIRT pode ser interno, sendo conduzido dentro da organização, ou externo, realizado por um prestador de serviços parceiro, como a Prolinx.

Alguns exemplos de situações em que o CSIRT atua são:

  • Detecção e contenção de ataques de ransomware;
  • Resposta a vazamentos de dados;
  • Mitigação de ataques DDoS.

Serviços de CSIRT

  • Serviços reativos

Esses serviços são acionados por um evento ou solicitação, como um relatório de um usuário comprometido, código malicioso generalizado, vulnerabilidade de software ou algo que foi identificado por um sistema de detecção ou registro de intrusão. Os serviços reativos são o componente principal do trabalho do CSIRT.

  • Serviços proativos

Esses serviços fornecem assistência e informações para ajudar a preparar e proteger sistemas constituintes em antecipação a ataques, problemas ou eventos. O desempenho desses serviços reduzirá diretamente o número de incidentes no futuro.

  • Serviços de gerenciamento de qualidade de segurança

Os serviços que se enquadram nesta categoria não são exclusivos do tratamento de incidentes ou dos CSIRT em particular. São serviços bem conhecidos e estabelecidos, projetados para melhorar a segurança geral de uma organização. 

Ao aproveitar as experiências adquiridas na prestação dos serviços reativos e proativos, uma CSIRT pode trazer perspectivas únicas para esses serviços de gestão da qualidade que, de outra forma, não estariam disponíveis.

 Esses serviços são projetados para incorporar feedback e lições aprendidas com base no conhecimento adquirido ao responder a incidentes, vulnerabilidades e ataques. 

5 Modelos Organizacionais para estruturar um CSIRT

Existem diferentes formas de estruturar um CSIRT dentro de uma organização, dependendo do tamanho da empresa, da maturidade em segurança da informação e da distribuição de recursos. Cada modelo organizacional tem vantagens e desvantagens, e a escolha deve considerar a complexidade e as necessidades da organização. 

Para definir o modelo operacional do CSIRT é preciso considerar aspectos como a abordagem de sourcing (interna ou externa) e a localização (centralizada ou distribuída). 

Veja mais detalhes:

1. Equipe de Segurança com Função de CSIRT

Nesse modelo, o CSIRT não é uma equipe dedicada, mas uma função adicional atribuída à equipe de segurança existente (como o SOC ou time de TI). A equipe se reporta às partes interessadas dentro da organização. 

Vantagens:

  • Redução de custos, já que a estrutura aproveita recursos já existentes;
  • Fácil implementação em empresas menores ou com poucos incidentes;

Desafios:

  • Pode sobrecarregar a equipe, reduzindo a eficiência da resposta a incidentes;
  • Foco limitado, já que os membros acumulam funções de segurança e resposta a incidentes.

2. CSIRT Distribuído Interno

O modelo distribuído divide os membros do CSIRT entre diferentes unidades ou departamentos da organização. Cada equipe responde a incidentes específicos em sua área. 

Vantagens:

  • Proximidade com os ativos e processos que precisam de proteção;
  • Respostas rápidas a incidentes locais ou específicos de um departamento.

Desafios:

  • Pode haver falta de coordenação centralizada, dificultando o alinhamento entre as equipes;
  • Requer ferramentas eficazes de comunicação e colaboração.

3. CSIRT Centralizado Interno

Nesse modelo, uma equipe única e centralizada é responsável por todos os incidentes da organização, atuando de forma coordenada e homogênea. Eles são o único ponto de contato para tratamento de incidentes, coordenando com todas as partes interessadas.

Vantagens:

  • Melhor controle e supervisão, já que todas as respostas seguem as mesmas políticas e processos;
  • Equipe dedicada, com foco exclusivo em segurança e resposta a incidentes.

Desafios:

  • Pode ser menos eficiente em empresas geograficamente dispersas ou muito grandes;
  • Exige maior investimento em infraestrutura para lidar com incidentes em diferentes regiões ou filiais.

4. CSIRT Interno Combinado: Distribuído e Centralizado

Esse modelo é uma combinação do CSIRT centralizado e distribuído. Uma equipe central coordena as operações e mantém uma visão geral, enquanto equipes locais (distribuídas) lidam com incidentes específicos.

Vantagens:

  • Combina os pontos fortes dos modelos distribuído e centralizado, garantindo coordenação centralizada sem perder a agilidade local;
  • Ideal para grandes organizações ou multinacionais.

Desafios:

  • Complexidade na gestão, já que requer a coordenação de várias equipes e processos;
  • Exige maior esforço para alinhar políticas e estratégias entre os times.

5. Coordenação do CSIRT

Nesse modelo, o CSIRT atua apenas como uma equipe de coordenação, orientando e apoiando outras equipes (como SOC, TI ou equipes regionais) que realizam as ações de resposta a incidentes. 

Nesse caso, geralmente, têm um escopo muito mais amplo com um eleitorado mais diverso, mas com pouca ou nenhuma autoridade. O foco é mais na coordenação da comunicação e no fornecimento de orientação.

Vantagens:

  • Reduz a sobrecarga do CSIRT, já que a execução das respostas fica sob a responsabilidade de outras áreas;
  • Permite que o CSIRT foque na estratégia, planejamento e melhoria contínua.

Desafios:

  • Risco de falhas na execução se as equipes coordenadas não estiverem bem treinadas ou alinhadas;
  • Menor controle direto sobre a resposta a incidentes.

Como escolher o modelo ideal?

A escolha do modelo organizacional mais adequado vai depender de fatores como:

  • Tamanho da empresa e localização geográfica;
  • Nível de maturidade em segurança da informação;
  • Recursos disponíveis (equipe, orçamento e tecnologia);
  • Complexidade e volume de incidentes esperados.

Os cinco modelos apresentados têm aplicações específicas e podem ser ajustados conforme as necessidades evoluem. 

O importante é garantir que o CSIRT esteja alinhado à estratégia de segurança da organização e pronto para responder rapidamente a qualquer incidente cibernético.

CSIRT Interno ou Terceirizado: qual é a melhor alternativa?

Ao planejar a implementação de um CSIRT, uma das principais decisões estratégicas é escolher entre montar uma equipe interna ou terceirizar o serviço para um provedor especializado. 

Cada abordagem tem suas vantagens e desvantagens, e a decisão depende das características, necessidades e recursos da organização.

CSIRT Interno

Um CSIRT interno é composto por uma equipe dedicada dentro da própria empresa, formada por profissionais de segurança cibernética que conhecem profundamente os sistemas, processos e dados da organização.

Vantagens:

  • Conhecimento aprofundado do ambiente interno: os membros do CSIRT interno têm familiaridade com a infraestrutura, processos e políticas da empresa, permitindo respostas rápidas e contextualizadas;
  • Controle total: a empresa mantém controle direto sobre as operações, políticas e a confidencialidade dos dados;
  • Personalização: processos e ferramentas podem ser ajustados para atender necessidades específicas da organização.

Desafios:

  • Custo elevado: exige investimento significativo em recrutamento, treinamento, ferramentas e infraestrutura de TI;
  • Falta de expertise diversificada: a equipe pode não ter especialização suficiente para lidar com todos os tipos de incidentes, como ataques altamente sofisticados;
  • Disponibilidade 24/7: manter uma equipe disponível 24 horas por dia pode ser um desafio, especialmente para empresas menores.

CSIRT Terceirizado

Um CSIRT terceirizado é um serviço contratado de um provedor externo especializado – como a Prolinx -, que assume a responsabilidade de monitorar, detectar e responder a incidentes de segurança para a empresa contratante.

Vantagens:

  • Custo-benefício: reduz os custos de contratação, treinamento e manutenção de uma equipe interna;
  • Especialização: empresas terceirizadas contam com especialistas altamente qualificados e experientes, capazes de lidar com uma ampla variedade de ameaças e incidentes;
  • Serviço 24/7: muitos provedores garantem monitoramento e resposta contínuos, independentemente do horário;
  • Acesso a tecnologias avançadas: provedores geralmente utilizam ferramentas de ponta que podem ser caras para empresas menores implementarem internamente.

Desafios:

  • Menor controle: a empresa tem menos controle direto sobre as operações e processos;
  • Risco de dependência: pode haver dependência do fornecedor terceirizado para resolução de problemas críticos;
  • Preocupações com a confidencialidade: dados sensíveis podem ser expostos a terceiros, o que requer contratos bem elaborados e medidas robustas de proteção.

Como escolher entre CSIRT Interno e Terceirizado?

Para tomar essa decisão é recomendado que a empresa considere os seguintes fatores:

Tamanho e maturidade da organização

Empresas menores ou com recursos limitados podem se beneficiar mais de um CSIRT terceirizado, enquanto grandes organizações com alta criticidade de dados podem preferir um CSIRT interno ou híbrido.

Complexidade do ambiente

Organizações com infraestrutura de TI altamente complexa podem optar por uma equipe interna ou híbrida, enquanto ambientes mais simples podem confiar em provedores externos.

Disponibilidade de orçamento e recursos humanos

A implementação de um CSIRT interno requer investimentos significativos em pessoas, ferramentas e treinamento.

Nível de confidencialidade exigido

Se a confidencialidade de dados é uma prioridade absoluta, um CSIRT interno pode ser a melhor escolha, embora seja possível mitigar riscos com parceiros sólidos, como a Prolinx.

Modelo Híbrido: o melhor dos dois mundos

Muitas empresas combinam as duas abordagens, mantendo um CSIRT interno para gestão estratégica e tarefas confidenciais, enquanto contratam serviços terceirizados para monitoramento contínuo ou suporte em situações específicas. Esse modelo híbrido permite aproveitar a especialização externa sem perder o controle total sobre processos críticos.

Ao decidir entre CSIRT interno ou terceirizado, é essencial avaliar as necessidades de segurança da empresa, recursos disponíveis e a criticidade dos dados protegidos. Seja qual for a escolha, o objetivo principal é garantir que a organização esteja preparada para detectar, responder e mitigar incidentes de segurança de forma eficaz e ágil.

Entenda as diferenças entre SOC, CSIRT e CERT: 

Com os serviços e modelos de prevenção e respostas a ataques cibernéticos que têm surgido é comum haver dúvidas em relação a três tipos que, a princípio, parecem executar o mesmo serviço, porém, apresentam importantes diferenças que podem atender demandas distintas das organizações: 

SOC (Security Operations Center):

O SOC funciona como um centro operacional focado no monitoramento contínuo de segurança. Atua de forma proativa para detectar e prevenir ameaças, priorizando a análise e a resposta de acordo com a criticidade do evento detectado. 

Alguns exemplos de atividades são: gerenciamento de logs, análises de comportamento anômalo e geração de alertas.

CSIRT:

Trata-se de um time focado em responder a incidentes específicos de segurança da informação. Atua de forma reativa ou proativa, mas, geralmente, entra em ação após a detecção de uma ameaça. 

Seu foco é investigar, conter e mitigar incidentes, assim, atua com a reação, ações tomadas em resposta a um incidente de segurança posteriormente ao momento em que foi detectado. 

CERT (Computer Emergency Response Team):

É semelhante ao CSIRT, mas frequentemente associado a equipes regionais ou nacionais que oferecem suporte a diversas organizações. 

Um exemplo seria o CERT.br – Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil. O CERT foca em prevenção, por exemplo, procurando vulnerabilidades, aumentando a conscientização dos funcionários, compartilhando informações sobre ameaças ou incidentes. Por fim, prevenindo a ocorrência de incidentes de segurança.

Gestão de Cibersegurança é com a Prolinx!

Uma solução como o CSIRT é fundamental para empresas que querem garantir o aumento da segurança cibernética em seu negócio. Os ataques têm ficado cada vez mais sofisticados e específicos, o que requer estratégias igualmente completas. 

Para ter sucesso em sua estratégia, antes de escolher uma solução para sua empresa, conte com o suporte de uma consultoria especializada!

A Prolinx, em parceria com grandes players do mercado, provê soluções que englobam recursos de SOC (Security Operations Center) e SIEM (Security Information and Event Management), com objetivo de otimizar a gestão cibersegurança, com o máximo de eficiência e eficácia. Conheça mais sobre nossos serviços de gestão de cibersegurança!

WhatsApp
LinkedIn
Facebook
Twitter