Sua empresa foi hackeada?
Um levantamento feito pelo Instituto Ponemon e pela Trend Micro mostra que, no intervalo de um ano, a incidência de ataques aumentou 84% e uma em cada três empresas sofreu mais de sete ataques no mesmo período.
O que os dados indicam é que muitas organizações enfrentam esse problema. Sendo assim, se a prevenção falhou, o importante agora é saber o que fazer, e é isso o que contamos neste post!
Minha empresa foi hackeada, o que fazer? Confira os passos
Em caso de suspeita ou certeza, o ideal é agir o quanto antes, mas sabendo como proceder. Por isso, confira atentamente o passo a passo abaixo:
1. Identifique os sinais do ataque e comunique a TI
Comece tentando identificar os sinais do ataque hacker, lembrando que um dos principais alertas é o processamento lento de um ou mais computadores. Este problema decorre do uso de recursos da máquina por parte dos criminosos.
Também investigue a lentidão da conexão da rede corporativa e outras anormalidades, como a perda de acesso ou controle aos sistemas identificadas por colaboradores da empresa.
Uma vez identificados os sinais, toda a equipe de TI deve ser comunicada para que iniciem medidas de mitigação de impactos.
2. Notifique o incidente às autoridades
Existem delegacias especializadas em crime cibernético, mas é válido contatar qualquer delegacia para comunicar o ocorrido.
A Lei nº 12.737, de 2012, que integra o Código Penal brasileiro, tipifica como crime a invasão de “dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita”.
Para fazer a notificação às autoridades, a TI ou a empresa devem:
- coletar as evidências do ataque hacker (por meio de capturas de telas, e-mails e outros recursos);
- se possível, registrar o IP do responsável pelo ataque;
- fazer um registro das evidências em cartório;
- realizar o boletim de ocorrência junto às autoridades competentes.
Além de contribuir para as investigações, o cumprimento dessa etapa pode ser crucial para o futuro da empresa, uma vez que a adoção de medidas legais que denunciem o ataque protegem a organização.
3. Identifique as causas
Outro passo é identificar qual foi a falha de segurança que permitiu a atuação dos cibercriminosos, sabendo que as causas mais comuns são:
- o uso de softwares ou sistemas desatualizados;
- o uso de softwares e aplicativos piratas;
- malwares diversos;
- uso de senhas fracas;
- uso de redes com baixo nível de segurança;
- perda ou roubo de dispositivos.
Considerando ainda outras possibilidades, o que a empresa hackeada precisa fazer, seja contando somente com sua TI ou buscando apoio especializado, é identificar a vulnerabilidade que foi explorada pelo hacker.
Também é preciso identificar quais informações foram acessadas ou roubadas, quais contas e equipamentos foram comprometidos e quem foi afetado pela ação dos criminosos.
Isso vai ajudar a empresa a entender onde focar seus esforços para minimizar as consequências do ataque.
4. Reduza os danos nos sistemas internos
Para começar a minimizar as consequências, é preciso desconectar o servidor e/ou os equipamentos afetados da rede corporativa ou do roteador. No caso de uso de conexão wireless, é importante desabilitar as funcionalidades de wi-fi no dispositivo.
A medida visa impedir que qualquer malware se alastre ou que o hacker tenha acesso a mais computadores e sistemas.
Ainda, se o ataque hacker afetou o site da empresa, é necessário entrar em contato com o provedor do serviço de hospedagem o quanto antes para que participem do processo de recuperação do endereço e adoção de medidas de segurança. Um ponto fundamental é a mudança da senha do administrador do site.
5. Altere as senhas
E, por falar em senhas, a empresa hackeada deve mudar a senha de todos os serviços que utiliza para evitar que os cibercriminosos acessem mais dados e sistemas, causando problemas ainda maiores.
É sempre bom lembrar que senhas fracas são um problema e que o ideal é não usar a mesma senha para vários acessos distintos. Um bom gerador de senhas pode ajudar, bem como recursos de autenticação em dois fatores ou two-factor autentication.
6. Acione os equipamentos reserva
Se a TI identificar que o ataque comprometeu as operações de algum dos dispositivos da infraestrutura de TI da empresa, é importante adotar medidas para manter as operações da organização, retomando a normalidade o quanto antes.
Ter e acionar equipamentos reserva ajuda a diminuir o tempo de inatividade, também conhecido como downtime. Com isso, equipes podem seguir produzindo e atendendo os clientes, minimizando perdas financeiras e prejuízos à imagem da organização.
É o momento também de acionar o backup para seguir tendo acesso às informações necessárias para que o negócio se mantenha operante.
7. Investigue os impactos e comunique as partes interessadas
O processo de mitigação de danos e de resolução do problema passa por entender quais são os impactos para a empresa hackeada, seus clientes e outros stakeholders.
Se a ação dos cibercriminosos causar a indisponibilidade de algum serviço ou, ainda mais grave, se houver vazamento de dados, é preciso comunicar as partes interessadas.
Caso dados da própria empresa tenham sido vazados, o contato com o setor jurídico permite entender as implicações legais e as providências a serem tomadas. Essa orientação também vale caso os dados acessados pelo hacker sejam dos clientes, sobretudo à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Os clientes devem ser comunicados sobre a situação e informados de que a empresa já está se mobilizando para lidar com o problema. A depender do caso, pode ser interessante que a organização acione sua assessoria de Relações Públicas e emita um comunicado à sociedade por meio de seus canais e/ou da imprensa.
8. Reveja e aprimore as medidas de cibersegurança
Para encerrar, a empresa hackeada deve encarar a situação também como um chamado ao aprimoramento das suas medidas de segurança, adotando mecanismos de prevenção mais poderosos.
Além de buscar tecnologias de Segurança da Informação, é interessante:
- avaliar se a rotina de backup está sendo bem executada;
- atualizar softwares e sistemas;
- revisar o Plano de Recuperação de Desastres;
- revisar as políticas de cibersegurança;
- criar cartilhas e realizar treinamentos com os colaboradores.
Veja ainda as orientações do diretor da Sophos:
Sua empresa foi hackeada? Conte com a Prolinx
E, para encerrar, lembre-se de que uma empresa hackeada não precisa lidar com o problema sozinha. Na verdade, é comum precisar de ajuda externa e especializada para reduzir os danos, identificar as causas do problema e corrigi-las.
Por isso, conte com a Prolinx! Somos especialistas em Segurança da Informação e temos a expertise e as ferramentas necessárias para melhor proteger a sua empresa!