O que se pode esperar do futuro do RH? Nos últimos anos, o setor de Recursos Humanos vem passando por mudanças significativas. Desde 2020, inclusive, a estratégia das empresas precisou ser modificada, além de adaptações que precisaram ser implementadas em razão da pandemia da Covid-19.
Empresas dos mais variados nichos de atuação adotaram o trabalho remoto, o que remodelou toda a estrutura dos Recursos Humanos, suas necessidades e prioridades.
Pensando nisso, preparamos este material para que você entenda quais são as principais tendências e como é possível se preparar. Confira!
LGPD
Não podemos mencionar sobre RH do futuro sem citar a Lei Geral de Proteção de Dados. Inclusive, a área que não se preocupar e se atentar aos pontos da legislação que visa proteger os dados de colaboradores e clientes pode ter consequências sérias, desde a perda de credibilidade no mercado à necessidade de pagar multas altíssimas.
É preciso que as organizações analisem a legislação, entenda quais são os principais pontos que impactam o RH e a empresa como um todo, além de traçar um plano estratégico que permita uma adaptação a essas mudanças. Afinal, o setor é responsável pelas principais informações relacionadas aos profissionais, como dados de contratações, licenças, demissões etc.
Se essas informações não estiverem armazenadas e não forem utilizadas de maneira segura, a empresa ficará exposta a ameaças cibernéticas, invasão de hackers, entre outros danos. Nesse sentido, a adoção das ferramentas certas para os diferentes processos é mais do que um diferencial: é uma necessidade.
A contratação desses fornecedores deve ser muito bem analisada. Entenda qual é a política de dados das empresas e opte por aquelas que já estejam adequadas às diretrizes da lei.
RH cada vez mais estratégico
Quando se menciona sobre RH estratégico, o que vem à sua cabeça? Muita gente associa diretamente com a necessidade de os Recursos Humanos entenderem o colaborador como um todo e estar presente em toda a sua jornada profissional, desde a contratação até o desligamento.
Nesse processo, realizam-se acompanhamentos próximos, são feitas avaliações de desempenho, acompanhamento de metas, elaboração de planos de desenvolvimento individual, entre outros.
Tudo isso está correto. Porém, RH estratégico não é apenas isso. Se a sua área realiza todas essas atividades, mas não está por dentro da estratégia da organização como um todo, ela está sendo pouco estratégica.
O RH passou por transformações ao longo dos anos. Antes, era um setor muito burocrático, voltado especialmente para a gestão de contratações e demissões, bem como o pagamento da folha.
Em seguida, essas outras necessidades surgiram, trazendo um papel mais desafiador para os profissionais. Porém, é preciso que as ações implementadas na área sejam pensadas especialmente no plano da empresa: onde a organização pretende chegar a um prazo de um ano? E de dez anos? Como o RH vai atuar para alcançar esse objetivo? Isso é ser estratégico.
Flexibilização de benefícios
A flexibilização de benefícios tem observado um crescimento significativo no país. Hoje, os colaboradores estão cada vez mais exigentes no momento de escolherem uma empresa para trabalhar. Existem plataformas que contribuem diretamente para essa avaliação prévia, nas quais os profissionais têm a oportunidade de deixarem suas percepções em relação à organização onde trabalhou.
Se elas forem negativas, as chances de um talento qualificado entrar ou prosseguir em um processo seletivo reduzem consideravelmente. E a política de benefícios tem uma ligação direta com a percepção de profissionais em relação ao negócio.
Foi-se o tempo em que benefícios previamente estabelecidos eram o suficiente. Muitas vezes, eles nem são utilizados pela não adequação de perfil dos colaboradores. Licença-paternidade e auxílio-creche, por exemplo. Ótimas alternativas e essenciais para um negócio, mas que não geram valor para pessoas que não querem ter filhos.
Sendo assim, o ideal é que haja flexibilidade nessa escolha, de modo que os profissionais optem por aqueles que de fato vão agregar em suas rotinas e suas necessidades. Sendo assim, o ideal é que se faça uma pesquisa interna na empresa, identifique as pontuações de colaboradores e busque no mercado fornecedores capazes de auxiliar nesse processo.
Já pensou em trazer a opção de mobilidade corporativa, por exemplo?
Investir na experiência do colaborador
A empresa que não investe na experiência do colaborador também corre o risco de perder um importante diferencial competitivo. Isso impacta diretamente no engajamento dos colaboradores com a empresa, algo essencial para os resultados do negócio.
Inclusive, de acordo com um levantamento realizado pela Gallup, empresa global de consultoria, apenas 21% dos colaboradores estão ativamente engajados. Esse número tem se estagnado nos últimos anos, especialmente depois da pandemia.
Sendo assim, torna-se necessário investir em ações e estratégias que aprimorem essa questão, como:
- Ter uma atenção especial quanto à estrutura do trabalho (no caso do home office, oferecer um apoio para que a pessoa possa montar um escritório);
- Treinar e capacitar colaboradores;
- Investir na transparência;
- Aplicar pesquisa de clima para identificar a percepção de colaboradores em relação às políticas e práticas da empresa, entre outros.
Ser um RH 4.0
Por fim, não podemos deixar de mencionar sobre o RH 4.0: trata-se de uma evolução dos Recursos Humanos que acompanhou a Quarta Revolução Industrial, trazendo inovações tecnológicas para diferentes frentes do trabalho.
Nesse sentido, as mais diferentes demandas da área passaram a ser digitalizadas, de modo que o investimento em softwares otimizou o trabalho da equipe, aumentou a produtividade e contribuiu para que as pessoas fossem mais estratégicas e menos operacionais.
Entre os impactos que essas ferramentas trouxeram, destacamos especialmente:
- Possibilidade de entender o novo perfil de colaborador e as suas necessidades;
- Soluções que impactam no desenvolvimento de talentos e na gestão de desempenho;
- Inteligência artificial que oferece a possibilidade de se fazer o uso de dados para as tomadas de decisão;
- Entre outros.
Neste artigo, tivemos a oportunidade de trazer mais informações sobre o RH do futuro. Ficar por dentro dessas tendências e transformações é essencial para que a sua área possa acompanhar as mudanças do mercado e contribuir para o alcance dos seus objetivos.
Tudo isso atuando da forma que o RH de grandes empresas já fazem com maestria: sendo estratégico e acompanhando de perto o plano do negócio.
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