As ameaças cibernéticas estão cada vez mais sofisticadas e complexas, uma realidade que traz riscos para as organizações. Por isso, o investimento em governança de segurança cibernética é fundamental para estabelecer uma política sólida de proteção aos dados e às operações do negócio.
De acordo com o Cybersecurity Framework, publicado pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), a governança é considerada um elemento essencial e obrigatório para o sucesso dos esforços em segurança cibernética de empresas de todos os tamanhos e setores.
Continue a leitura e veja detalhes sobre o que não pode faltar no desenvolvimento de uma política de governança de segurança cibernética completa!
O que é governança de segurança cibernética
Governança de segurança cibernética diz respeito a processos, políticas e práticas voltadas a negócios que desejam gerir e diminuir riscos de segurança cibernética.
Nesse contexto, as organizações devem determinar papéis, responsabilidades e maneiras de se prestar contas de forma clara para que as estratégias de segurança sejam realmente eficazes.
Quando uma empresa possui sua estrutura de segurança cibernética bem organizada ela se conecta às metas, apetite de risco e às regulações da organização.
Desenvolvimento de políticas: a base da governança da segurança cibernética
Para que a estratégia da governança de segurança cibernética de fato funcione e dê resultados para a empresa, é fundamental a criação de políticas completas, que serão a base das ações implementadas. Dentre as principais políticas estão:
- Política de segurança da informação: é a abordagem que a organização faz para proteger seus ativos de informação, que podem ser, por exemplo, a classificação de dados, controles de acesso e fluxos de resposta a incidentes.
- Política de uso aceitável: é a definição de quais os comportamentos são considerados aceitáveis e quais são inaceitáveis para os colaboradores ao utilizarem as ferramentas e recursos da empresa, como é o caso de e-mail, internet e mídias sociais.
- Política de proteção de dados: estabelece de que maneira dados confidenciais, como informações pessoais e financeiras, devem ser manipulados, recolhidos e disseminados.
É muito importante destacar que todo esse processo de construção de políticas de segurança deve ser conduzido de forma integrada, de maneira que os principais setores envolvidos no tema participem ativamente, como TI, jurídico, Recursos Humanos e a própria alta gerência da empresa.
Outro aspecto necessário é a comunicação clara com os colaboradores da empresa, assim que definidas as políticas, de forma que todos aqueles que utilizam os sistemas e ferramentas da empresa estejam cientes das regras de governança de segurança cibernética.
Por fim, a constante avaliação e, se necessário, revisão das políticas é fundamental, para que elas sigam relevantes perante as possíveis ameaças.
Gestão de Riscos: Identificação e Mitigação de Ameaças Cibernéticas
A gestão de riscos é, sem dúvidas, a base para uma governança de segurança cibernética realmente eficaz. Por isso, as organizações precisam detectar, analisar e conter de forma contínua os possíveis riscos de segurança cibernética que possam surgir, para conseguirem de fato proteger os ativos e processos do negócio.
Geralmente, o fluxo de gerenciamento de risco se dá nas etapas abaixo:
- Identificação de riscos: é preciso identificar possíveis ameaças à segurança cibernética, como violações de dados, ransomware e ameaças internas.
- Avaliação de risco: deve-se analisar a probabilidade e qual o impacto dos potenciais riscos detectados, o que envolve analisar quais são as vulnerabilidades da organização, a capacidade dos controles existentes e as possíveis consequências, caso ocorra uma violação de segurança.
- Mitigação de riscos: trata-se do desenvolvimento de estratégias que possam reduzir os riscos identificados. Dentre as possibilidades estão a implementação de controles técnicos como firewalls e criptografia, aperfeiçoamento de programas de treinamento de funcionários e desenvolvimento de planos de resposta a incidentes.
- Monitoramento contínuo: deve-se supervisionar regularmente a estrutura de segurança cibernética da organização para identificar e dar respostas prontas a novas ameaças. Essa etapa envolve avaliações contínuas de vulnerabilidade, testes de penetração e revisão de logs de incidentes.
Por fim, cabe esclarecer que esse processo de gerenciamento de riscos não se dá de forma única e, sim, contínua, de maneira que a organização precisa estar sempre atenta, capaz de se adaptar ao cenário de ameaças que está em constante transformação.
Conformidade regulatória: atender aos padrões legais e da indústria
De maneira geral, as empresas atuam em um contexto em que a conformidade regulatória é complexa. Há órgãos reguladores que determinam requisitos rigorosos sobre a forma como as organizações devem realizar a gestão e proteção dos dados. São os casos do GDPR, na Europa, HIPAA, nos Estados Unidos, e PCI-DSS, voltado a indústrias de cartões de pagamento. Caso a organização não esteja em conformidade com essas regulações, a organização pode sofrer penalidades graves, como multas, ações legais e danos à reputação.
Importante ressaltar que essa conformidade não se trata somente de evitar que haja penalidades, mas, além disso, conquistar a confiança de clientes, parceiros e demais envolvidos, de forma que fique claro o comprometimento da empresa com a proteção dos dados. Sendo assim, para garantir que a empresa está em conformidade regulatória, ela precisa:
- Compreender as regulamentações aplicáveis, identificando padrões específicos de segurança cibernética no contexto do setor e região da organização;
- Criar e efetivar controles de conformidade que atendam aos requisitos regulatórios, o que pode incluir criptografia de dados, controles de acesso e auditorias de segurança regulares;
- Viabilizar auditorias regulares que possam avaliar as práticas de segurança cibernética, de forma a garantir que elas se alinham aos padrões regulatórios sendo, por exemplo, auditorias internas e até mesmo avaliações externas;
- Documentar e oficializar as políticas de governança de segurança cibernética, controles e atividades de resposta a incidentes que a organização possui para comprovar à fiscalização que há conformidade.
Integração da Cibersegurança na Cultura Organizacional
Toda e qualquer estratégia de governança de segurança cibernética precisa, necessariamente, estar alinhada à cultura da empresa. Isso envolve desde o investimento e entendimento da importância dessa ação por parte da alta gestão da empresa até a participação direta de todos os colaboradores. Para isso é necessário:
- Comprometimento por parte da alta gestão, dando a devida prioridade aos assuntos relacionados à segurança cibernética, inclusive realizando o investimento nos recursos necessários;
- Treinamento e capacitação dos colaboradores, inclusive o reforço da necessidades desses ensinamentos e cuidados, que devem ser colocados em prática para proteger a empresa e o próprio funcionário;
- Cooperação e comunicação entre departamentos, de forma que a segurança cibernética seja tratada em todas as instâncias e não apenas dentro do departamento de TI, que é o grande responsável por essa área.
Governança de Segurança Cibernética é com a Prolinx!
Agora que você já sabe os detalhes sobre o que é governança de segurança cibernética, já deu para entender que não se trata de um “luxo” ou uma decisão opcional. Sem dúvidas, investir nessa política é uma necessidade estratégica para qualquer organização que deseja sobreviver, prosperar e ser cada vez mais competitiva em um cenário digital que apresenta tantas ameaças.
Desde o cumprimento de regulamentos, a criação de políticas claras, gestão de riscos e uma cultura organizacional que absorva a segurança cibernética como essencial, todas essas etapas são fundamentais para proteger as empresas de ameaças cada vez mais sofisticadas. Para isso, você precisa contar com quem vai elevar o nível de segurança cibernética da sua empresa.