Pentest: conheça as principais metodologias e padrões

Tempo de leitura: 6 minutos
Pentest

Sumário

Testes sistemáticos como o Pentest são cada vez mais buscados por gestores que desejam proteger ativos críticos antes da ocorrência de um incidente como invasão ou falha.

Para muitas empresas, a disponibilidade e a transparência das informações passaram a ser obrigatórias para que se mantenham competitivas. O mesmo vale para a garantia da integridade e confidencialidade de dados estratégicos.

Neste post, vamos te explicar o que é e mostrar a importância do Pentest, ferramenta que simula situações de ataques ou falhas operacionais em sistemas ou bancos de dados e mais.

Continue a leitura, confira as principais metodologias utilizadas para esse teste  e entenda quando e por que realizá-lo!

Pentest: o que é

Também chamado de teste de intrusão ou teste de invasão, o teste de penetração é um processo de verificação e análise de vulnerabilidades em ambientes de rede, sistemas ou aplicações de infraestrutura interna ou externa.

Trata-se de um teste que visa proteger informações críticas das empresas, identificando as vulnerabilidades dos seus sistemas e avaliando o impacto que elas têm sobre seu funcionamento geral.

Desta forma, ao realizar testes que simulam ataques reais que seriam feitos por crackers, o Pentest ajuda a prevenir essas invasões, melhorando a taxa de resposta aos riscos.

Pentest: metodologias

Como dissemos, o Pentest conta com ferramentas e processos que selecionam informações relevantes, auxiliando a identificar e mitigar os riscos aos dados críticos da organização.

Esse tipo de serviço já existe no mercado há algum tempo, mas a quantidade de metodologias relacionadas ao Pentest pode confundir até mesmo profissionais mais experientes na área da TI.

A variedade de opções desse tipo de serviço se deve ao fato de que não existe uma metodologia única a ser aplicada em todos os tipos de organizações e ambientes de rede.

Porém, ainda que não exista uma única forma de realizar os testes, existem algumas metodologias que permitem resultados mais conclusivos e com menores chances de erros de interpretação dos dados.

A seguir, confira as principais ferramentas utilizadas para a execução do Pentest.

OSSTMM – Open Source Security Testing Methodology Manual

O Manual de Metodologia Aberta de Comprovação de Segurança (OSSTMM, Open Source Security Testing Methodology Manual) é um manual de uma metodologia desenvolvida pelo ISECOM (Institute for Security Open Methodologies), uma organização colaborativa que realiza pesquisas na área de segurança da informação.

Trata-se de um documento completo, composto por dicas de dezenas de especialistas internacionais e muito utilizado em auditorias de Segurança da Informação e sistemas web, pois descreve as fases que se deve seguir para executar qualquer auditoria. Abrange todas as áreas da segurança da informação.

Como a metodologia utiliza o conceito de “open source”, está em constante evolução.

Essa metodologia pode ser aplicada a qualquer tipo de organização, de todos os tamanhos e em diversos setores de atuação. Para tanto, realiza-se o Pentest de acordo com as necessidades da organização e do conhecimento prévio dos ativos que serão analisados.

OWASP – Open Web Application Security Project

O OWASP (Projeto Aberto de Segurança em Aplicações Web) também é uma instituição sem fins lucrativos composta por profissionais das áreas de tecnologia e Segurança da Informação e tem o objetivo de promover melhorias no desenvolvimento de sistemas.

Um dos projetos de maior destaque da OWASP, que tem se tornado referência para desenvolvedores e analistas de segurança, é o OWASP Top 10. É um projeto que informa sobre as principais vulnerabilidades em aplicações web.

O OWASP tem alguns princípios para a execução dos Pentests. Veja:

  • Não acreditar em milagres, é preciso ser realista;
  • Ter pensamento estratégico;
  • Realizar testes regularmente;
  • Entender o escopo dos sistemas;
  • Desenvolver a mentalidade correta;
  • Estender os objetivos das análises;
  • Utilizar as ferramentas corretas;
  • Ficar atento aos detalhes;
  • Documentar os resultados.

NIST Cybersecurity Framework 

Essa metodologia para o Pentest foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST – National Institute Standards and Technology), um órgão do governo dos Estados Unidos que promove a competitividade e a inovação industrial no país. 

Na área de tecnologia e Segurança da Informação, o NIST conta com regras para a realização de testes de segurança e ações preventivas. Entre as técnicas indicadas pelo instituto para a realização do teste de penetração, existem algumas etapas:

  • Execução dos testes de segurança;
  • Revisão das técnicas utilizadas;
  • Identificação do alvo a ser analisado;
  • Elaboração de técnicas de validação;
  • Planejamento das avaliações de segurança;
  • Execução das avaliações;
  • Atividades pós-teste.

PTES – Penetration Testing Execution Standard

Essa é uma das metodologias mais recentes para a realização de Pentests e que tem como objetivo se tornar uma norma-padrão para a execução deste tipo de serviço.

O PTES (Padrão de Execução de Teste de Penetração) divide os testes nas seguintes etapas:

  • Predefinição;
  • Coleta de Inteligência;
  • Modelagem de ameaças;
  • Análise de vulnerabilidade;
  • Exploração;
  • Publicar exploração;
  • Relatório.

ISSAF –  Information Systems Security Assessment Framework

Disponibilizada pelo OISSG (Open Information Systems Security Group), essa metodologia é a mais extensa do mercado. Suas fases estratégicas englobam o planejamento e a preparação do Pentest, a avaliação em si, os relatórios e a limpeza.

A metodologia ISSAF pode ser aplicada em quatro áreas distintas dos sistemas de uma empresa: segurança de rede, e host, de aplicação e de banco de dados.

Pentest: conheça os diferentes tipos

Existem ainda tipos diferentes da ferramenta, conforme elencamos abaixo. Confira:

  • Blackbox:
    • Não há conhecimento prévio da infraestrutura de rede e da arquitetura das aplicações;
    • Mais utilizada devido a produção de um cenário real.
  • Graybox:
    • Acesso ou validação de informações e/ou utilização de credenciais legítimas, visando a validação das permissões de acesso e autorização estão em conformidade com as necessidades de negócio.
  • Whitebox:
    • Todas as informações da infraestrutura de rede e da arquitetura da aplicação são fornecidas;
    • Geralmente esta abordagem realiza a análise e revisão de segurança do código fonte da aplicação desenvolvida/testada.

Pentest: onde deve ser realizado

Ao contratar um Pentest, o cliente e o prestador de serviço devem saber quais são os fatores que serão avaliados.

Enquanto algumas empresas precisam apenas da análise de uma aplicação web, outras necessitam de uma varredura em toda a rede: servidores, firewalls e conexões wireless.

Por isso, é preciso compreender quais os ativos que necessitam desse tipo de avaliação. Do contrário, você pode encontrar orçamentos com valores discrepantes e incompatíveis com sua demanda.

Pentest: quando deve ser realizado

Seja qual for a metodologia escolhida, é importante realizar o Pentest de forma frequente, em intervalos programados ou quando ocorrerem mudanças no ambiente da rede.

Afinal, com as constantes atualizações de recursos e soluções, é importante se adiantar aos riscos, eliminar as vulnerabilidades e realizar a adaptação aos novos modos de uso dos sistemas.

Ainda, é preciso ficar atento às ameaças de pessoas mal-intencionadas que encontram brechas para obter vantagens sobre as operações.

Pentest: por que fazer?

Se ao longo deste artigo você ainda não se convenceu da importância do Pentest, trouxemos alguns dados estatísticos sobre o assunto que podem ajudar.

De acordo com o Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), somente em 2020 foram registrados 665.079 alertas.

Desse total, a maior parte das notificações estava relacionada a tentativas de exploração de vulnerabilidadese a disseminação de worms.

Ainda, ataques a servidores web, fraudes e invasões a equipamentos também foram registrados. Esses dados mostram que as empresas devem estar preparadas para os riscos de exploração dos ambientes de suas redes.

Para reduzir esses riscos, é fundamental adotar testes de segurança que comprovem a proteção dos ativos. Portanto, a execução de Pentests de forma preventiva pode poupar sua empresa de muitos transtornos e gastos desnecessários.

Como vimos, existem diversos tipos de metodologias para a execução de Pentests, todas com a finalidade de identificar os gargalos e garantir melhor taxa de resposta aos riscos.

Em outros conteúdos, daremos mais detalhes sobre cada uma das metodologias do Pentest. Acompanhe para não perder!

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