Nem tudo é vírus, nem tudo é ransomware. Embora esses riscos cibernéticos sejam bastante reais e possam ser muito perigosos para a sua empresa, existem outros que também merecem sua atenção na hora de pensar estratégias de proteção cibernética.
Neste post, apresentamos as ameaças mais comuns, seus impactos possíveis e orientações sobre o que fazer e com quem contar para melhorar a postura de segurança da sua organização e evitar prejuízos diversos!
Tipos comuns de riscos cibernéticos
O crime se reinventa e os riscos cibernéticos estão evoluindo e se tornando mais frequentes e mais complexos a cada dia. Assim, o mínimo que sua empresa precisa fazer é conhecer os mais comuns para nortear suas ações de prevenção e proteção.
Malware e vírus: explicação e exemplos
Malware é um termo genérico em referência a diversos tipos de programa ou software malicioso projetado para causar danos, roubar informações ou obter acesso não autorizado ao sistema de uma empresa, por exemplo.
Por sua vez, os vírus são um tipo específico de malware que se anexam a arquivos legítimos e se espalham por uma máquina ou sistema quando esses arquivos são compartilhados. Outros tipos de malware incluem worms, trojans, ransomware, spyware e adware.
Como exemplo, podemos mencionar o Stuxnet, um worm altamente sofisticado usado em um ataque político ao programa nuclear do Irã explorando vulnerabilidades de Dia Zero.
Com capacidade de infectar dispositivos por meio de drives USB, sem a necessidade de conexão com a internet, esse malware descoberto em 2010 foi projetado para atacar sistemas de controle industrial, assumindo controle total.
Phishing: como funciona e exemplos de ataques recentes
Em um único ano, o Brasil registrou 134 milhões de tentativas de ataques de phishing. Falamos de um risco cibernético de engenharia social que engana pessoas em busca de informações sensíveis e sigilosas.
Na maioria das vezes, os atacantes usam e-mails falsos que parecem fontes confiáveis. Aliás, 90% dos ataques às empresas começam dessa forma. Mas vale saber que o contato pode ser feito por outros meios, como o WhatsApp, também simulando uma comunicação bastante verossímil.
Em todo caso, os criminosos induzem a vítima a clicar em links maliciosos ou fornecer informações como logins e senhas em sites falsos, usando premissas como a necessidade de atualizar os dados de acesso.
Em 2020, o Banco Central do Brasil foi alvo de um ataque de phishing sofisticado que resultou em cerca de R$3 milhões transferidos para contas controladas por criminosos. O processo foi feito a partir de e-mails falsos, porém convincentes, enviados a funcionários da instituição, solicitando justamente atualização de informações de login para um sistema de uso interno.
Ransomware: o que é, como age e exemplos de incidentes famosos
Outro risco cibernético famoso e temido é o ransomware, o malware sequestrador que criptografa os dados da vítima e exige um resgate para restaurar o acesso, sem garantias reais.
Falamos de um ataque que pode ocorrer por meio de e-mails de phishing, downloads maliciosos ou vulnerabilidades de software. E, geralmente, os hackers solicitam que o resgate seja pago em criptomoedas para dificultar o rastreamento, o que torna o cenário ainda mais incerto para as empresas que se tornam alvo.
Um caso recente e que elevou o nível de sofisticação desse tipo de ameaça foi o Ransomware Rorschach que levou apenas quatro minutos para comprometer sistemas inteiros, deixando um aviso claro para as organizações: é preciso melhorar a postura de segurança para eliminar brechas de segurança e garantir respostas ágeis!
Ataques DDoS (Distributed Denial of Service): definição e impacto
Já os ataques DDoS são um tipo de risco cibernético que visa sobrecarregar um servidor, serviço ou rede com um fluxo massivo de tráfego, tornando-o indisponível para os usuários legítimos.
Para isso, os atacantes usam uma rede de dispositivos comprometidos, conhecida como botnet, para lançar o ataque que pode durar horas ou até dias, causando interrupções significativas.
Um exemplo bem conhecido é a série de ataques DDoS que afetou o provedor de DNS Dyn em 2016, causando uma instabilidade generalizada nos serviços de grandes sites como Twitter, Netflix e Reddit. À época, o evento ficou conhecido como um dos maiores ataques da história.
Quebra de Dados (Data Breaches): exemplos e consequências
Por fim, temos as Quebras de Dados que acontecem quando informações sensíveis são acessadas ou divulgadas sem autorização. Algo que pode ter relação com vulnerabilidades de segurança, ataques cibernéticos ou com a ação humana.
Em geral, as informações comprometidas incluem dados pessoais, financeiros e corporativos que podem ser moedas de troca valiosas em um processo de estorção ou no mercado ilegal.
Um caso notório ocorreu em 2017, nos Estados Unidos, quando uma das maiores empresas de gestão de créditos do país sofreu um vazamento de dados que expôs informações pessoais de mais de 143 milhões de pessoas. A Equifax atribuiu o problema a uma vulnerabilidade de seu site que teria sido explorada pelos cibercriminosos.
Principais impactos dos riscos cibernéticos
Certamente, uma empresa não consegue passar ilesa por um risco cibernético que se concretiza. As ameaças, das mais simples às mais nocivas, são projetadas para gerar dano e os principais são:
- operacionais;
- reputacionais;
- financeiros; e
- legais.
Vários dos riscos afetam parcial ou completamente as operações das organizações. Isso significa não ser capaz de atender aos clientes nem realizar as entregas diárias; algo que pode durar algumas horas ou se prolongar mais, a depender do tempo de resposta de cada empresa.
Frente a isso, os clientes podem perder a confiança na organização. Eventualmente, e antes cedo do que tarde, a situação pode ter que se tornar pública com auxílio do departamento de Relações Públicas. O que pode acender o sinal de alerta para outros agentes do mercado.
Como consequência do ataque, a empresa pode ter perdas financeiras ligadas à saída de clientes, fornecedores e parceiros comerciais. Também pode encarar o prejuízo de decisões equivocadas como o pagamento do resgate em um caso de ataque de ransomware.
Sem falar nos custos de recuperação, multas regulatórias que tendem a ocorrer quando há o vazamento de dados de terceiros e despesas do litígios que também surgem desse contexto.
Por falar nisso, há sanções oriundas de regulamentações com a LGPD ― Lei Geral de Proteção de Dados ― que também geram custos para a empresa, além de contribuírem para deixar uma marca em sua reputação.
Gerenciamento de riscos cibernéticos
Agora que você conhece os riscos cibernéticos mais comuns e seus possíveis impactos, nada mais justo do que saber como evitá-los, certo? Isso tem a ver com a estratégia de cibersegurança baseada em risco.
A partir disso, vamos a quatro pontos que os especialistas da Prolinx consideram chave para fortalecer a postura de segurança da sua empresa. Acompanhe:
Estrutura de riscos
Uma estrutura de riscos cibernéticos envolve a identificação, avaliação e priorização de riscos, seguida pela definição e implementação dos recursos mais adequados para minimizar, monitorar e controlar a probabilidade e o impacto de eventos adversos.
Avaliação de risco
Já a avaliação de risco é o processo de identificar e analisar potenciais eventos que possam afetar a organização. Isso inclui a análise de vulnerabilidades, ameaças e impactos potenciais tendo em vista o contexto específico da organização.
Como responder ao risco
Responder ao risco envolve a implementação de controles e medidas de mitigação para reduzir a probabilidade e o impacto de riscos cibernéticos. Algo que pode envolver:
- adoção de tecnologias de segurança;
- definição de políticas de Segurança da Informação;
- treinamentos de conscientização de todo o quadro de funcionários a fim de evitar comportamentos de risco.
Monitoramento
Por fim, o monitoramento contínuo é essencial para garantir que as medidas de segurança sejam eficazes e para identificar novas ameaças e corrigi-las.
Essa medida inclui a revisão regular de políticas de segurança, a realização de auditorias de segurança e a utilização de ferramentas de monitoramento de rede.
Proteja sua empresa dos riscos cibernéticos com a Prolinx!
Conhecer, identificar, corrigir, monitorar e atuar no gerenciamento de riscos cibernéticos é um processo que deve ser priorizado por qualquer organização que deseja adotar uma postura proativa a favor de sua segurança.
Investir nessa estratégia, implementar práticas robustas e manter-se atualizado sobre as últimas ameaças e tendências demanda recursos, sobretudo de tempo e expertise. Algo que tende a consumir equipes de TI internas deixando as empresas com duas alternativas: sobrecarregar seu time ou buscar ajuda especializada.