Ataques hackers robustos tendem a mirar negócios que, uma vez vítimas, representem uma chance de lucro maior para os cibercriminosos. Esse é um dos motivos pelos quais a Segurança da Informação em empresas do setor de mineração é tão importante.
Alocada na província de British Columbia, a Canadian Copper Mountain Mining Corporation (CCMM) precisou paralisar suas operações após um ataque de ransomware sofrido em dezembro de 2022. Uma investigação descobriu que, dias antes, um cibercriminoso tentou vender informações de login e acesso de um dos funcionários da mineradora, indicando que os hackers podem ter usado uma conta comprometida para acessar a rede e o sistema da CCMM.
Ainda que algo assim pareça distante ― afinal, aconteceu no Canadá ―, é sempre bom lembrar que não existem barreiras geográficas para o cibercrime e que as empresas que menos esperam costumam ser as vítimas mais atraentes.
Sua empresa atua no setor de mineração? Saiba como se prevenir e promover a segurança da informação.
Futuro do setor de Mineração
A transformação digital é perene em praticamente todos os segmentos de mercado. A Quarta Revolução Industrial ou Revolução Industrial 4.0 já está dando lugar para a Indústria 5.0, e a indústria mineradora atua neste contexto.
Assim, além da digitalização e da conexão dos mundos físico e lógico, principalmente através da Internet das Coisas (IoT) ou da Internet Industrial das Coisas (IIoT), na 5ª onda mais tecnologias entram em cena e melhoram a capacidade de imersão, hiperpersonalização e interconexão, demandando também mais recursos para garantir a Segurança da Informação. E o futuro do setor de mineração engloba tudo isso, inclusive Internet das Coisas (IoT).
A IoT diz respeito ao uso de soluções tecnológicas que se conectam entre si, por meio da internet, e que são capazes de gerar, coletar, armazenar e analisar dados. Isso dá origem a dispositivos e maquinário industrial inteligentes que funcionam a partir do uso de sensores e softwares para leitura de dados e ativação de comandos.
Uma pesquisa da Juniper Research indica que o número de conexões IoT na indústria global vai aumentar para 36,8 bilhões em 2025, o que representa um crescimento de 107% ao ano. Um investimento significativo, focado em vantagens como ganho de agilidade, redução de erros e de custos.
Mesmo que a sua organização ainda não tenha processos amplamente baseados em IoT, adotar medidas adequadas para a Segurança da Informação em empresas de mineração é cada vez mais importante.
Entenda que esse setor é mais vulnerável do que o de organizações do universo corporativo justamente por não usar ferramentas de proteção mais robustas. Assim, além da chance de apresentar ganho financeiro alto para o cibercriminoso, o setor da mineração chama a atenção por ser uma “presa” mais fácil.
O aumento de riscos cibernéticos na mineração
Para ter mais clareza sobre a relevância de apostar na segurança de dados, basta olhar para o que grandes players do setor estão fazendo. Ou seja, identificar quem são as empresas liderando ações de segurança cibernética na mineração:
- BHP;
- Antofagasta;
- Anglo American.
As três gigantes reconhecem o aumento dos ataques cibernéticos. A BHP tem como prioridade o monitoramento da infraestrutura de TI e dos sistemas de tecnologia operacional (OT) contra ameaças em potencial.
Já a Antofagasta e a Anglo American, além de contar com soluções de proteção, focam também em medidas de orientação dos colaboradores para que evitem condutas de risco e adotem práticas de segurança.
Estratégias para garantir a Segurança da Informação para empresas de mineração
Esse futuro do qual falamos já está em curso e, por isso, o momento é ideal para planejar a cibersegurança e evitar problemas que causem a paralisação das operações, a perda de informações sensíveis e os prejuízos.
Entre as medidas de segurança de dados para empresas do setor da mineração, destacam-se:
Plano de recuperação de desastres
Um plano de recuperação de desastres é um documento minuciosamente elaborado para servir de guia e orientar todas as ações que uma empresa deve tomar diante de um ataque hacker ou outra falha cibernética grave.
Esse plano elenca prioridades, medidas e seus responsáveis de modo a garantir que a organização consiga dar uma resposta rápida para mitigar o problema e resolvê-lo de forma a evitar um impacto negativo mais significativo.
Dito isso, é evidente que esse tipo de plano deve ser elaborado antes que qualquer problema ocorra e que deve ser devidamente atualizado à medida que novos componentes, sistemas e aplicações passem a fazer parte da infraestrutura de TI da mineradora.
Plano de continuidade de negócios
Outra medida de segurança cibernética é o plano de continuidade de negócios, um documento que orienta as ações a serem tomadas para que o ataque não paralise as operações da organização.
Ter um plano como esse é importante para que seja possível proteger ao máximo a infraestrutura de TI após a ação de um hacker, impedindo que uma porção maior dessa infraestrutura seja comprometida. Além de favorecer a segurança de dados, isso tende a fazer com que a mineradora consiga seguir operante enquanto sua TI resolve o problema.
Sendo assim, além de mitigar os danos, essa medida também evita perda financeira atrelada à impossibilidade de manter uma operação mínima ao longo do período de tempo necessário para restabelecer a cibersegurança. Quanto a isso, é bom lembrar que ataques robustos podem demandar respostas de longa duração.
Soluções de cibersegurança para o setor de mineração
A segurança cibernética de empresas do setor de mineração também deve contar com algumas soluções importantes que visam evitar que os cibercriminosos encontrem brechas de atuação. Veja só:
WAF
Comecemos com o uso de um Web Application Firewall ou WAF. Falamos de um novo tipo de firewall corporativo capaz de combater ameaças que conseguem passar pelos firewalls tradicionais, focados na proteção de aplicativos web.
Com isso, o WAF atua contra ameaças Zero-day, vulnerabilidades conhecidas e desconhecidas, e outras, representando uma camada extra de segurança para softwares diversos, aplicações e plataformas baseadas em nuvem. Com isso, consegue evitar problemas que levam à paralisação das operações.
Gestão de Vulnerabilidades
Outra solução interessante para a Segurança da Informação em empresas de mineração é a gestão de vulnerabilidades, ou seja, o processo contínuo e automatizado para identificar, avaliar, gerar relatórios e orientar a correção de vulnerabilidades em sistemas, redes e computadores.
Para tanto, uma equipe especializada de de TI ― seja essa interna ou formada por profissionais terceirizados ―, aplica seus conhecimentos e faz uso de uma ferramenta de gerenciamento de vulnerabilidades para identificar problemas.
A partir daí, adota diferentes medidas para corrigi-las e evitar que sejam exploradas por cibercriminosos. Esse processo de correção envolve a análise e definição do grau de risco de cada vulnerabilidade, definindo as ações prioritárias e as secundárias.
É um processo contínuo porque novas vulnerabilidades surgem, naturalmente, em decorrência do uso da tecnologia. Assim, a gestão deve continuar para que novos pontos fracos sejam sempre corrigidos.
Segurança da Informação para empresas de mineração é com a Prolinx
Para adotar qualquer uma dessas medidas de segurança cibernética, uma empresa do setor de mineração pode contar com uma equipe de TI própria, devidamente capacitada, ou contratar um parceiro especializado.
Esse parceiro é a Prolinx. Somos experts em Segurança da Informação. Nossos especialistas conhecem todos os processos para orientar a elaboração dos planos de recuperação de desastres e de continuidade de negócios. Quanto a isso, é importante ter em mente que esses planos demandam o uso de soluções de TI adequadas e eficientes.
A escolha dessas soluções depende de uma análise das demandas e da compreensão acerca de quais ferramentas serão mais úteis para a empresa, como e quando usá-las para evitar o agravamento do ataque e a paralisação das operações.
Além do mais, como indicamos, a soluções de cibersegurança que uma organização do setor da mineração deve implementar. Aqui, destacamos o uso do WAF, mas há outras ferramentas complementares que somente uma TI qualificada pode indicar.
Ainda, a gestão de vulnerabilidades é um processo decisivo para a segurança de dados, mas que demanda um esforço contínuo. Sendo assim, se feita internamente, pode consumir o tempo e os recursos da equipe externa de TI, comprometendo sua atuação em outras frentes.
Por essa razão, o mais recomendável é contar com uma equipe externa que fique responsável por essa rotina, contando com as melhores tecnologias disponíveis e com o conhecimento necessário.
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