Bancos e outras instituições financeiras são o segundo alvo favorito dos cibercriminosos, de acordo com o relatório Threat Landscape, da Axur. Não há dúvidas de que é o dinheiro que atrai os hackers.
O Sicoob é o maior sistema cooperativo financeiro do país, reunindo milhões de associados Brasil afora. Para o cibercrime, isso se traduz em oportunidades relevantes para ataques cibernéticos lucrativos; o que destaca a importância da análise de vulnerabilidades para o Sicoob ― e para outras instituições do segmento.
Neste post, abordaremos a importância de identificar e corrigir eventuais falhas para manter a integridade e a confiança nas instituições financeiras, destacando ainda as estratégias de mitigação.
O que é análise de vulnerabilidades?
A análise de vulnerabilidades é um processo que passa um pente fino em sistemas e redes corporativas para identificar pontos fracos que podem ser explorados pelos cibercriminosos.
O objetivo dessa estratégia é apresentar as vulnerabilidades para que sejam classificadas de acordo com o grau de risco. Isso orienta uma ação de correção de falhas para evitar que ação de hackers comprometa operações diárias e leve à violação de dados sensíveis.
Esse tipo de análise pode ser realizada por meio de processos específicos de testagem para avaliar a segurança da infraestrutura de TI em uso e direcionar medidas estratégicas de proteção.
Por que a análise de vulnerabilidades é importante para o Sicoob?
Instituições financeiras estão entre os alvos preferenciais dos cibercriminosos em razão do potencial de retorno financeiro em um ataque bem sucedido.
Assim, a análise de vulnerabilidades para Sicoob é importante para elevar a postura de segurança da organização, tornando-a menos suscetível a riscos cibernéticos.
É importante pensar além do prejuízo imenso que um ataque poderia causar para a empresa. Seus milhões de associados também poderiam perder dinheiro, além de ter dados sensíveis violados e até vendidos para outros hackers. Algo que poderia agravar os problemas por oportunizar tentativas de golpes e outros crimes.
A condução da análise de vulnerabilidades em empresas como o Sicoob é importante para a garantia de um ambiente em que eventuais violações de segurança sejam evitadas ou mitigadas com rapidez.
Isso é fundamental para evitar danos à reputação da organização e manter a confiança de seus clientes.
Como é o processo de análise de vulnerabilidades para o Sicoob?
O processo de análise de vulnerabilidades pode ser feito usando diferentes ferramentas e técnicas, como é o caso de um teste de intrusão, ou seja, do Penetration Test (Pentest). Algo que envolve etapas como:
Identificação detalhada dos possíveis riscos
A etapa de identificação dos possíveis riscos é crucial e, muitas vezes, complexa. Por isso, exige uma abordagem estruturada para garantir que nenhuma brecha de segurança passe despercebida.
Uma estratégia eficaz envolve a criação de registros detalhados dos ativos que incluam informações e também colunas adicionais para documentar potenciais ameaças e vulnerabilidades associadas a cada ativo.
Esses registros servem de base para a análise de vulnerabilidades para o Sicoob e instituições afins, permitindo que a empresa compreenda a probabilidade de cada risco se concretizar. Algo que, por sua vez, direciona o desenvolvimento de um plano de ação eficaz para mitigar esses riscos.
Definição de políticas e tipos de varredura
Para realizar uma varredura eficaz da infraestrutura de TI, é essencial contar com políticas bem definidas para orientar o processo.
Essas políticas definem os procedimentos e diretrizes para a realização das varreduras, especificando como e quando devem ser realizadas, os objetivos e critérios de avaliação a serem seguidos.
Para a análise de vulnerabilidades do Sicoob, também é importante determinar o tipo de varredura apropriado para o ambiente específico da organização. Isso pode incluir verificações de vulnerabilidades de rede, baseadas em host, sem fio ou varreduras de aplicativos; cada uma com suas próprias características e requisitos específicos.
Falamos de uma decisão que deve ser tomada pelos especialistas em segurança da informação da equipe de TI da instituição ou por especialistas terceirizados.
Configuração e execução da varredura
A próxima etapa da análise é a de configurar e executar as varreduras, o que envolve uma série de etapas, como:
- definição dos alvos da varredura (por exemplo, listando os IPs de destino);
- especificação do intervalo de portas e protocolos a serem avaliados;
- configuração de outros parâmetros importantes, como a agressividade da varredura, o horário de execução e as notificações de resultados.
A depender da complexidade e do escopo da varredura, o processo pode variar de alguns minutos a várias horas. E isso também indica a importância de ter pessoal especializado para conduzir o teste.
Afinal, é preciso saber quando a varredura pode durar pouco ou como executar uma longa, sem prejudicar as operações diárias da instituição.
Interpretação dos resultados da varredura
Na sequência, chegamos a uma parte crítica do processo de análise de vulnerabilidades para o Sicoob e demais instituições do segmento: a interpretação dos resultados da varredura.
Falamos de uma tarefa que demanda habilidades e experiência específicas para identificar e priorizar adequadamente as vulnerabilidades, e determinar quais representam os maiores riscos para a segurança dos dados da organização.
Algo que servirá de base para a criação de um plano de mitigação eficaz que direcione os esforços para corrigir as vulnerabilidades mais críticas primeiro.
Desenvolvimento e implementação de um plano de mitigação de riscos
Por fim, com base na análise de vulnerabilidades realizada, é possível desenvolver um plano abrangente para corrigir as brechas de segurança identificadas.
Esse plano precisa ser detalhado e incluir medidas específicas para abordar cada vulnerabilidade, priorizando aquelas que representam os maiores riscos.
A depender do nível de complexidade e da gravidade das vulnerabilidades, é ainda mais interessante envolver um time especialistas terceirizados para auxiliar na implementação do plano de mitigação de riscos.
Cabe lembrar que o processo pode ser pontual, ou seja, realizado esporadicamente. Contudo, para uma postura de segurança mais robusta, é preciso entender que a análise e correção de vulnerabilidades deve ser um processo contínuo. A vigilância constante é essencial para garantir a segurança plena dos sistemas e dados da organização.
Quais as principais vulnerabilidades em instituições financeiras?
Com base no já mencionado relatório Threat Landscape, a análise de vulnerabilidades para o Sicoob e outras instituições financeiras deve encontrar como principal risco as páginas de phishing. O setor conta com 31,1% dos sites falsos criados para roubar informações sensíveis ou distribuir malwares.
Além disso, destacam-se entre as principais vulnerabilidades:
- ataques de engenharia social;
- exploração de vulnerabilidades em aplicativos web e móveis;
- injeção de código e falhas de segurança em sistemas de pagamento;
- ataques de ransomware e outros tipos de malware.
Há algo que merece ser comentado acerca dos ataques de ransomware, o malware sequestrador. Até pouco tempo, os hackers cobravam o pagamento de resgate para descriptografar sistemas e dados a que tiveram acesso.
Contudo, no caso das instituições financeiras, o argumento para forçar as vítimas a pagar o valor pedido está mudando. Alguns cibercriminosos focam em ameaças que se baseiam nos custos regulatórios e jurídicos associados ao vazamento de dados sensíveis dos clientes.
Até então, uma empresa com uma boa rotina de backup e uma solução segura poderia recusar o pagamento do resgate ― evitando uma perda financeira sem garantias. Agora, ainda que seja capaz de recuperar seus dados, a instituição vítima ainda pode ficar à mercê dos hackers.
Para evitar isso, é fundamental recorrer a um bom processo de análise de vulnerabilidades para o Sicoob e outras instituições financeiras e executar um plano de ação mitigatório robusto.
Quais as principais estratégias para mitigação de vulnerabilidades no Sicoob?
O Penetration Test deve servir de base para um plano mitigatório personalizado, baseado nas principais vulnerabilidades encontradas. Apesar disso, existem algumas medidas-padrão que são muito importantes. Veja:
Implementação de firewalls e sistemas de detecção de intrusões
Os firewalls atuam como barreiras entre a rede interna da instituição e redes externas, controlando o tráfego de entrada e saída com base em regras de segurança predeterminadas. Assim, impedem acessos não autorizados e bloqueiam ataques cibernéticos, como tentativas de invasão e ataques de negação de serviço (DDoS).
Por sua vez, os sistemas de detecção de intrusões (IDS) monitoram o tráfego de rede em tempo real, identificando atividades suspeitas e alertando os administradores de segurança sobre possíveis incidentes.
Quando integrados com sistemas de prevenção de intrusões (IPS), também bloqueiam automaticamente as ameaças identificadas.
Para instituições financeiras como o Sicoob, a combinação de firewalls robustos e IDS/IPS avançados contribui muito para a manutenção da integridade dos dados financeiros, proteção das transações online e garantia da conformidade com regulamentações de segurança.
Atualização regular de software e sistemas operacionais
Ainda, manter softwares e os sistemas operacionais atualizados é uma prática vital de segurança, uma vez que oportuniza a correção de vulnerabilidades conhecidas que poderiam ser exploradas por hackers na tentativa de obter acesso não autorizado a sistemas e dados sensíveis.
Os patches de segurança lançados por fornecedores de software abordam falhas críticas e tornam a instituição mais resiliente contra eventuais ataques.
Então, é interessante definir um processo rigoroso de gestão de patches para que as atualizações sejam realizadas de forma eficiente e em tempo hábil, minimizando a janela de exposição à ameaças. Algo de suma importância em um ambiente tão dinâmico quanto o das instituições financeiras.
Educação e conscientização dos funcionários sobre práticas de segurança cibernética
A análise de vulnerabilidades para o Sicoob e instituições afins foca em sua infraestrutura de TI, mas o fator humano também precisa ser considerado. A falta de informação sobre os riscos e boas práticas no ambiente digital oportuniza diversos tipos de ataques, sobretudo os de phishing e engenharia social.
Sendo assim, é importante adotar medidas de educação e conscientização para que os colaboradores sejam a primeira linha de defesa contra o cibercrime, sabendo como identificar sinais suspeitos, a quem reportá-los e como usar os recursos da instituição de maneira segura.
Incentivar uma atitude proativa em relação à segurança e reforçar a responsabilidade individual na proteção dos dados e sistemas contribui significativamente para a redução do risco de incidentes cibernéticos.
Algo que deve ser feito por meio de campanhas contínuas para manter os colaboradores atualizados acerca das novas ameaças e técnicas de defesa.
Parcerias com empresas de segurança cibernética e provedores de serviços gerenciados de segurança
Por fim, cabe mencionar que as parcerias estratégicas podem ser essenciais para a condução adequada da análise de vulnerabilidades para o Sicoob e outras instituições financeiras, e para a definição de um bom plano de mitigação de riscos.
As empresas que atuam com foco na Segurança da Informação contam com expertise especializada e recursos avançados que complementam as capacidades internas de segurança da instituição.
Além disso, oferecem soluções avançadas, como monitoramento contínuo de ameaças, resposta a incidentes, gestão de recursos e serviços de inteligência contra ameaças.
Conformidade regulatória e normas de segurança para instituições financeiras
Ainda, entre as razões para a análise de vulnerabilidades para o Sicoob e a adoção de medidas corretivas, ressaltamos as questões regulatórias que, como indicado, se tornaram alvo dos cibercriminosos. Além da LGPD, falamos de novas específicas como:
- PCI-DSS ou Payment Card Industry Data Security Standard: conjunto de padrões de segurança internacionais que apresentam as normas estabelecidas para proteger as transações financeiras com cartões de crédito e débito contra fraudes e roubo de dados;
- ISO 27001: certificação de padrão internacional que define os requisitos, processos e normas que devem ser seguidas com o objetivo de garantir uma gestão de segurança da informação eficaz.
Medidas de segurança cibernética contam a favor do cumprimento das normas previstas para o setor, evitando multas e outras penalidades, e deixando a instituição menos vulnerável às ameaças cibernéticas.
Conte com a análise de vulnerabilidades feita pela Prolinx!
A análise de vulnerabilidades para o Sicoob e outras instituições financeiras desempenha um papel fundamental na sua proteção, funcionamento e na manutenção da confiança dos clientes.
A adoção de uma abordagem proativa para identificar e mitigar brechas de segurança antes que sejam exploradas pelos cibercriminosos mantém a integridade dos dados e das operações realizadas em ambiente digital.
Para tanto, sua empresa pode contar com os especialistas da Prolinx, nossas ferramentas e expertise para conduzir processos de análise de vulnerabilidades e Pentest. Saiba mais!