A ocorrência de ataques digitais aumentou em comparação a 2023. Vivemos em um cenário em que 64% das empresas do país se tornaram alvos frequentes da ação dos cibercriminosos e a melhor forma de responder a isso é usando inteligência.
O Cyber Threat Intelligence (CTI) ou Inteligência de Ameaças Cibernéticas eleva a postura de segurança das empresas, além de direcionar seus recursos de forma mais estratégica para prevenir e mitigar ataques.
Entenda como funciona essa solução e como colocá-la em prática, usando dados sobre as táticas dos hackers para definir as medidas de proteção da sua organização!
O que é Cyber Threat Intelligence?
Cyber Threat Intelligence é o conjunto de dados sobre ameaças cibernéticas usado de forma estratégica para proteger a empresa por meio de ações de prevenção ou mitigação de riscos e ataques.
Essas informações são organizadas através de um processo de coleta e análise, fornecendo insights acionáveis para que o time de TI consiga detectar, compreender e responder a ataques cibernéticos rapidamente. O objetivo é adotar uma postura proativa de segurança cibernética.
Também cabe dizer que a inteligência contra ameaças cibernéticas é um recurso que melhora a capacidade preditiva das empresas ao apresentar dados sobre ameaças passadas e presentes a favor da mitigação de ameaças futuras, otimizando sua postura de segurança.
Conheça o ciclo do Cyber Threat Intelligence
Ficou claro que o CTI é um recurso que oferece informações valiosas para que as empresas se protejam de ameaças, certo?
Agora, é preciso entender que toda empresa pode participar da criação dessa inteligência, contribuindo para mantê-la atualizada e verdadeiramente útil. Para tanto, é necessário conhecer o ciclo do Cyber Threat Intelligence.
Falamos de um processo contínuo e iterativo, em que cada etapa deve ser compreendida como crucial para assegurar que as informações coletadas, ou seja, para que a inteligência gerada seja precisa, relevante e acionável. Veja só:
1. Planejamento do CTI
Nesta fase inicial, a empresa deve definir quais são os objetivos e desenvolver os requisitos para conduzir a inteligência de ameaças. Para isso, é preciso elaborar perguntas críticas que devem ser respondidas a partir do processo de Cyber Threat Intelligence. Exemplo:
- quais são as ameaças mais relevantes para a nossa organização?
- quais são os ativos críticos, que precisam de mais proteção?
Esse ponto de partida é fundamental para identificar e validar o tipo de inteligência a ser desenvolvida ― em outras palavras, quais informações devem ser buscadas ― de acordo com as necessidades da empresa.
2. Coleta de dados sobre ameaças
Em seguida, com base nas necessidades que foram identificadas, o ciclo do CTI parte para o processo de coleta de informações de fontes variadas, como:
- logs de segurança;
- fontes OSINT;
- feeds de inteligência de ameaças;
- redes sociais;
- dark web e outros;
É importante garantir que a coleta de dados seja abrangente para que o máximo de ameaças sejam consideradas e contribuam para formar a base de conhecimento dos Indicadores de Engajamento.
Nessa etapa, o aspecto colaborativo do CTI começa a se destacar, uma vez que a coleta de dados depende de informações disseminadas por outras organizações, além daquelas obtidas a partir de análises feitas internamente.
3. Processamento das informações
Na etapa seguinte do Cyber Threat Intelligence, é feito processamento de dados para remover redundâncias e acrescentar contexto às informações de forma a viabilizar a criação da inteligência.
Isso pode envolver a conversão de dados em formatos utilizáveis, a eliminação de falsos positivos e a correlação de eventos para identificar padrões de ameaças.
4. Análise
Na sequência, o ciclo do Cyber Threat Intelligence demanda que as informações que foram processadas sejam devidamente analisadas em busca de tendências, padrões e anomalias que sejam traduzidas em informações úteis sobre e contra as ameaças.
Ou seja, é o momento de transformar dados brutos em inteligência acionável. Algo que demanda a expertise de um especialista em inteligência, uma vez que o processo tende a demandar pesquisas mais específicas sobre as técnicas de algumas ameaças analisadas, o comportamento dos atacantes e as vulnerabilidades exploradas.
A partir da análise, o ideal é que sejam gerados relatórios concisos e que facilitem a tomada de decisões, que embasem um plano de ação com orientações acerca do que fazer caso ameaças sejam encontradas no ambiente cibernético da empresa.
5. Disseminação
Para dar sequência ao ciclo do CTI, a inteligência criada na etapa anterior precisa ser disseminada para os setores de interesse dentro da organização.
Algo que pode ser feito a partir do compartilhamento de relatórios e dashboards, criação de alertas e reuniões de briefing e alinhamento. O processo também pode considerar os diferentes perfis de profissional que vão ter acesso a essas informações.
Por exemplo, um profissional de perfil tático deve receber informações detalhadas sobre as metodologias, táticas e procedimentos dos ataques identificados a partir do Cyber Threat Intelligence. Por sua vez, o chefe de segurança operacional precisa ter acesso a instruções claras para agir e mitigar esses ataques.
6. Feedback
Por último, temos a etapa do feedback feita para avaliar os resultados da Inteligência de Ameaças Cibernéticas e direcionar melhorias, considerando que falamos de um processo que deve ser contínuo.
É interessante planejar um mecanismo que facilite a coleta da opinião dos profissionais que receberam os relatórios de inteligência. Assim, as chances de conseguir um feedback aumentam, permitindo contar com um atalho para identificar e executar os ajustes necessários no processo CTI.
Os 3 tipos de Cyber Threat Intelligence
Existem diferentes tipos ou formas de conduzir o Cyber Threat Intelligence, cada um com seu próprio foco e utilidade. Compreender esses tipos ajuda a garantir que a inteligência gerada atenda às necessidades específicas da organização. Acompanhe:
Inteligência estratégica
A inteligência estratégica fornece uma visão panorâmica e de alto nível das ameaças e suas implicações para a organização. Assim, é usada por executivos e tomadores de decisão para definir como usar as informações para guiar a estratégia de segurança cibernética da empresa.
Em geral, a análise estratégica do CTI é feita com base em documentos de política interna, relatórios, white papers e outros materiais que tenham sido apresentados pelos analistas de organizações especializadas em segurança.
Inteligência tática
Por sua vez, a abordagem tática do Cyber Threat Intelligence define as técnicas e procedimentos ou TTPs seguidos pelos hackers em relação a cada ameaça.
Assim, trata-se de um recurso que ajuda os especialistas em segurança a entender como os cibercriminosos agem e, consequentemente, a ter mais facilidade para identificar, prevenir e mitigar ameaças específicas
Inteligência operacional
Por fim, a inteligência operacional é a que fornece informações detalhadas sobre ameaças específicas que estão em andamento ou iminentes, quer sejam eventos singulares ou de longo prazo.
Ou seja, falamos de um recurso que oferece insights que podem ser usados pela equipe de segurança para melhor compreender as características e elementos de um ataque, e conseguir responder rapidamente a eventuais incidentes de segurança.
Quem se beneficia da inteligência contra ameaças?
É seguro dizer que a Cyber Threat Intelligence beneficia as organizações e seus diversos agentes e usuários, uma vez que previne ou mitiga riscos que poderiam ser altamente prejudiciais para as partes envolvidas.
Sabendo disso, confira quem sai ganhando com a inteligência contra ameaças cibernéticas e como:
- Analistas de inteligência cibernética: participam de um processo que leva à insights relevantes para melhorar a postura de segurança da empresa;
- Equipes de segurança e TI: passam a contar com um recurso poderoso para conquistar e manter a segurança da rede corporativa com mais facilidade ao responder a ameaças de forma mais eficaz;
- Equipes de resposta a incidentes: passam a ter uma compreensão mais profunda acerca das vulnerabilidades e dos métodos que usados pelos hackers na tentativa de invadir os sistemas corporativos;
- Executivos e tomadores de decisão: passam a contar com a inteligência para orientar a estratégia de segurança e o uso dos recursos da empresa;
- Usuários finais: como resultado de uma postura de segurança mais robusta, têm chances reduzidas de se tornarem vítimas de ataques cibernéticos;
- Desenvolvedores de software: podem contar com a inteligência criada de forma colaborativa para identificar e corrigir vulnerabilidades em seus produtos.
O que procurar em uma solução de inteligência de ameaças?
Com base no que apresentamos, você deve ter entendido que o Cyber Threat Intelligence não diz respeito a uma metodologia específica. Falamos da coleta intencional e estratégica de dados para empoderar as empresas em suas ações de segurança.
Assim, há diferentes formas de definir qual solução usar para contar com essa inteligência, desde que o foco esteja na identificação de vulnerabilidades e ameaças. Para além disso, é interessante considerar alguns outros fatores, veja só:
Acesso simplificado a diversos dados
Uma boa solução de CTI deve oferecer acesso a uma ampla gama de fontes de dados, conforme mencionamos antes. Isso inclui feeds de inteligência de ameaças, logs de segurança, redes sociais e dark web, entre outros.
A ideia é ter uma visão abrangente das ameaças, ou seja, coletar o máximo de informações possíveis sobre os riscos cibernéticos e do modus operandi dos cibercriminosos. Algo crucial para que a inteligência desenvolvida garanta um alto nível de proteção à organização.
Capacidades de aprendizado de máquina
Se falamos de uma coleta ampla de informações, precisamos de capacidade de processamento e análise. A melhor forma de fazer isso é com o auxílio de uma solução baseada em machine learning.
Os algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar padrões e anomalias que poderiam passar despercebidos por analistas humanos. Assim, a tecnologia entra em cena para melhorar, de forma significativa, a eficiência e a precisão das análises que fazem parte do ciclo do Cyber Threat Intelligence.
Ação automatizada
Da mesma forma, a capacidade de automatizar ações é interessante para viabilizar uma resposta rápida a ameaças e incidentes de segurança. isso pode incluir, por exemplo, a aplicação automática de regras de firewall, a atualização de assinaturas de antivírus e a geração de alertas em tempo real.
Facilidade de integração
Uma boa solução de Inteligência de Ameaças Cibernéticas precisa permitir a integração com outros sistemas de segurança utilizados pela organização, como firewalls, SIEM e ferramentas de detecção de intrusões.
Além disso, deve ser compatível com APIs e ter a capacidade de se adaptar a diferentes ambientes de TI. O objetivo é contar com uma abordagem coesa e coordenada de segurança cibernética que eleve a proteção da empresa e de sua infraestrutura de TI.
Velocidade
Por fim, a velocidade é um fator crítico no CTI, uma vez que sua empresa precisa contar com uma solução que consiga coletar, processar e disseminar informações com celeridade.
Do contrário, não será capaz de sustentar respostas ágeis às ameaças que chegarem, prevenindo ou mitigando ataques antes que causem danos sérios à organização e toda sua rede de usuários.
Inteligência contra ameaças é com a Prolinx!
O Cyber Threat Intelligence é uma ferramenta essencial para qualquer organização que deseja proteger seus ativos digitais contra ameaças em constante evolução.
Entender o ciclo de CTI, os diferentes tipos de inteligência e o que procurar em uma solução pode melhorar significativamente a postura de segurança da empresa, mantendo seus sistemas e dados devidamente protegidos.
Sem dúvida, criar essa inteligência não é um processo simples, inclusive por demandar expertise avançada e esforço contínuo. Assim, a ajuda especializada deve ser considerada para que sua organização conte com os recursos ideias para coletar, processar e usar informações úteis a seu favor.Pronto para elevar a cibersegurança da sua empresa?
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