O primeiro semestre de 2023 registrou um aumento de 31% nos ataques cibernéticos, em relação ao mesmo período do ano anterior. As empresas precisam estar cada vez mais bem preparadas para mitigar os riscos à segurança de suas redes e sistemas, e uma das formas de fazer isso é contando com o intelligence-driven SOC.
Falamos de uma abordagem inovadora para operações de segurança que usa a inteligência de ameaças ― ou threat intelligence ― para aprimorar processos de detecção, resposta e prevenção de incidentes.
Ao invés de realizar um monitoramento e oferecer respostas em tempo real, como acontece com o modelo tradicional de SOC, o intelligence-driven SOC antecipa ameaças e combate eventuais violações de segurança de forma proativa.
Neste artigo, você confere os pilares fundamentais dessa abordagem para entender como podem fortalecer as defesas da sua empresa!
SOC e Inteligência de Ameaças
Com a threat intelligence em cena, o SOC ou Security Operation Center se torna uma estrutura organizacional dedicada ao monitoramento, detecção, análise e resposta a incidentes de segurança inteligente.
Para entender, considere que a inteligência de ameaças consiste na análise de diversos dados a fim de identificar potenciais riscos cibernéticos e orientar as ações de proteção mais adequadas para uma empresa.
Assim, é um processo que fornece informações valiosas, inclusive por ajudar a identificar tendências, vetores de ataque e as técnicas mais utilizadas pelos cibercriminosos. Com isso, permite que o SOC entenda padrões de ataque, identifique atividades suspeitas e apresente estratégias de defesa mais eficazes.
Sabendo que essa combinação é o que possibilita o intelligence-driven SOC, vejamos a seguir os pilares dessa abordagem.
Pilares da intelligence-driven SOC
O intelligence-driven SOC se baseia em seis pilares fundamentais:
- Capacitação avançada;
- Threat intelligence;
- Threat hunting;
- Malware analysis;
- Security assessment;
- Pentest.
Vamos explorar cada um deles em detalhes. Acompanhe:
Capacitação avançada
Um SOC impulsionado por inteligência demanda profissionais especializados e devidamente capacitados para conduzir os processos. Isso inclui analistas de segurança, especialistas em threat intelligence, em resposta a incidentes, por exemplo.
Um nível avançado de capacitação é necessário para que o time consiga entender as ameaças em potencial, interpretar corretamente os dados de inteligência e aplicar estratégias de proteção eficientes em tempo real.
Threat Intelligence
A threat intelligence é outro pilar importante porque fornece informações contextualizadas sobre ameaças específicas, incluindo indicadores de comprometimento (IoCs), além de táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) utilizados pelos cibercriminosos.
A saber, o processo envolve uma busca de dados coletados a partir de fontes abertas, feeds de informações especializados e do compartilhamento de informações entre organizações. Tudo isso aliado a uma análise de ameaças internas.
Assim, o intelligence-driven SOC consegue identificar e priorizar ameaças, reduzindo o tempo de detecção e resposta a incidentes.
Threat Hunting
Por sua vez, o threat hunting é uma abordagem proativa de “caça” às ameaças que permitem que o time responsável identifique e lide com riscos em potencial antes que se concretizem e comprometam a segurança da empresa.
O processo envolve a coleta e a análise aprofundada de dados para descobrir atividades maliciosas que não tenham sido detectadas por sistemas de segurança tradicionais.
Para que isso seja possível, o intelligence-driven SOC utiliza técnicas avançadas de hunting, como análise comportamental, correlação de eventos e detecção de anomalias.
Malware analysis
Outro pilar essencial do intelligence-driven SOC é a análise de malwares, um processo que consiste na identificação, avaliação e compreensão de programas maliciosos para determinar sua funcionalidade, origem e possíveis impactos.
O malware analysis contribui na identificação de ameaças avançadas e de suas características, tornando possível a adoção de medidas eficazes como resposta. O processo demanda a utilização de ferramentas especializadas, técnicas de engenharia reversa e outros recursos.
Security assessment
Também é preciso falar do security assessment ou avaliação de segurança, uma prática que envolve a análise e avaliação dos sistemas, redes e aplicativos da empresa para identificar suas vulnerabilidades, avaliar riscos e fornecer recomendações para fortalecer a segurança.
Os assessments podem englobar pentests, análise de vulnerabilidades, revisões de arquitetura e auditorias de conformidade e outros processos que ajudem na avaliação de pontos fracos e riscos em potencial.
Pentest
Por fim, o pentest ou teste de intrusão é uma prática crucial para avaliação da eficácia das medidas de segurança implementadas na empresa, além da identificação de eventuais vulnerabilidades em sistemas e redes.
No contexto do intelligence-driven SOC, esse tipo de teste é usado para validar defesas e os controles de segurança implementados. Um processo que se baseia na simulação de ataques reais e fornece um panorama sobre a segurança cibernética da organização.
Uma vez alimentado com threat intelligence, o pentest pode ser aprimorado a fim de se alcançar uma avaliação mais realista da postura da empresa, além de melhorar a identificação de prioridades entre os riscos possíveis e identificados.
Por que sua empresa precisa investir em intelligence-driven SOC
O intelligence-driven SOC direciona as empresas para uma evolução na forma como cuidam da sua segurança cibernética.
Combinar os elementos que vimos como pilares ― capacitação avançada, threat intelligence, threat hunting, malware analysis, security assessment e pentest ― as organizações podem fortalecer suas defesas, reduzir o risco de violações de segurança e suas temidas consequências.
Ainda, é importante destacar que o intelligence-driven SOC é um processo contínuo e em constante evolução; o que faz total sentido considerando que as ameaças também estão evoluindo continuamente. Com isso, é preciso que as empresas busquem condições de manter essa abordagem ativa sempre.
Adotar essa abordagem é importante para que sua organização melhore sua postura de segurança, antecipe ameaças e responda a eventuais acidentes de forma rápida e eficaz. Algo que acontece de forma eficiente quando o intelligence-driven SOC inspira uma mudança de mentalidade para que a segurança cibernética seja uma prioridade para a empresa.
Além disso, investir nessa abordagem tem uma série de outros benefícios, como:
- A possibilidade de contar com uma equipe mais bem preparada para lidar com incidentes cibernéticos;
- Ter uma visão abrangente do cenário de ameaças que rondam a organização a partir da incorporação do threat intelligence, permitindo que riscos sejam priorizados e adereçados de forma estratégica;
- A possibilidade de antecipar possíveis ataques em razão do acesso a informações contextualizadas sobre as táticas, técnicas e procedimentos utilizados por cibercriminosos;
- A capacidade de fazer uma busca ativa por ameaças, através do threat hunting, o que faz com que a empresa consiga responder a eventuais problemas com agilidade, evitando seu agravamento;
- A possibilidade de identificar vulnerabilidades na infraestrutura da empresa a partir do pentest, de modo a adotar medidas corretivas para fortalecer suas defesas e mais.
Processos, Pessoas e Tecnologias: conheça os desafios envolvidos
Os pilares para o intelligence-driven SOC são fundamentais, mas há outras questões que você precisa conhecer para adotar essa abordagem e aumentar as defesas cibernéticas da sua empresa.
Quanto a isso, destacamos que a implementação bem-sucedida desse modelo de SOC requer uma integração eficaz de processos, pessoas e tecnologias. Desafios fazem parte do contexto, sendo estes os mais comuns:
Falta de conhecimento e habilidades especializadas
Como vimos, a implementação do intelligence-driven SOC demanda profissionais com habilidades avançadas em diversas áreas relativas à segurança cibernética.
Fazer isso contando somente com o time interno de TI pode resultar em um processo falho porque nem sempre as empresas dispõem de pessoal especializado para realizar a coleta e análise eficiente dos dados de inteligência de ameaças.
Outro risco é causar sobrecarga da equipe de modo a comprometer sua atuação em outras frentes.
Integração de sistemas e fontes de dados
Outro desafio é a necessidade da integração eficiente de sistemas de segurança, ferramentas de análise de ameaças, fontes de dados de inteligência de ameaças e outros componentes.
Esse processo pode apresentar dificuldades, sobretudo quando diferentes tecnologias e soluções precisam ser conectadas para operar de forma conjunta e eficaz, garantindo que alertas baseados em inteligência sejam acionados diante de potenciais ameaças e anomalias.
Além disso, é crucial para o intelligence-driven SOC contar com fontes confiáveis e atualizadas de threat intelligence, o que pode ser um desafio para quem não sabe onde encontrar feeds de informações especializadas ou como acessar dados em tempo real, contando com os recursos necessários e com parcerias estratégicas.
Identificação dos recursos adequados e maturidade da infraestrutura
Considere todos os pilares que apresentamos para o intelligence-driven SOC. Diferentes recursos são necessários para que a abordagem funcione bem e isso requer conhecimento da infraestrutura de segurança da empresa e capacidade para entender como realizar melhorias e atualizações.
Do contrário, pode não ser possível implementar um SOC impulsionado por inteligência ou tê-lo funcionando plenamente. Uma questão que pode esbarrar, ainda, no orçamento disponível para que o time interno de TI implemente e mantenha a abordagem rodando.
Gerenciamento e priorização de alertas
Mesmo contando com uma infraestrutura robusta, pode ser desafiador para profissionais que não sejam altamente capacitados entender como gerenciar os alertas gerados pelo intelligence-driven SOC.
Isso porque, a partir da implementação dessa abordagem, o número de alertas de segurança pode aumentar significativamente e o time precisa saber como estabelecer prioridades e ser capaz de agir. Algo que depende de processos adequados de filtragem e classificação dos alertas com base no grau de risco e na relevância de cada ameaça.
Mudança de cultura organizacional
A adoção da abordagem intelligence-driven SOC pode levar a alterações na cultura organizacional. Isso porque demanda uma mentalidade proativa em relação à segurança cibernética, além da valorização da inteligência de ameaças como um componente essencial.
Algo assim pode ser difícil para empresas que ainda têm a segurança como uma questão secundária ou onde equipes e profissionais que precisam atuar juntos não estejam alinhados.
Superar todos esses desafios requer um comprometimento significativo por parte da organização. Algo que pode incluir a aquisição de novas ferramentas, investimentos em qualificação e treinamento, implementação de processos eficientes e mais.
Outra forma de vencer esses potenciais entraves é encontrar uma equipe especializada em integralmente dedicada para implementar e manter o intelligence-driven SOC. Uma opção que pode levar sua empresa a contar com uma parceria terceirizada.
Intelligence-driven SOC é com a Prolinx
De forma bem resumida, o que vimos aqui é que existe uma forma de combinar inteligência a uma estrutura organizacional de análise e resposta a ameaças, e que sua empresa precisa contar com uma equipe altamente capacitada para implementá-la.
Com isso em mente, a forma mais interessante de contar com o intelligence-driven SOC é terceirizando o processo para uma empresa experiente e com sólida reputação no mercado, como a Prolinx. Essa é, inclusive, uma escolha com ótimo custo-benefício.
Os motivos são simples. Tenha em mente os desafios que acabamos de apresentar e considere que a Prolinx conta com especialistas devidamente capacitados para cuidar de todo o processo, desde sua implementação adequada, passando pelas integrações, até as atualizações necessárias.
Com isso, sua organização já poupa tempo e recursos na capacitação do time interno do TI. Além disso, sua empresa passa a contar com recursos tecnológicos de ponta e um bom protocolo de gerenciamento de alertas para definir prioridades e mitigar os riscos identificados durante as etapas de análise.
Quanto a isso, vale saber que a Prolinx desenvolveu uma solução exclusiva, chamada ProSec, para um processo proativo de análise, gestão e monitoramento de vulnerabilidades e ameaças cibernéticas. Algo que faz com que o intelligence-driven SOC seja uma realidade no dia a dia da sua organização.
Quer saber mais? Conheça o ProSec e o serviço de gestão de vulnerabilidades da Prolinx!