Threat intelligence: o que é e como aumenta a segurança cibernética

A inteligência de mercado ajuda na tomada de decisões estratégicas sobre negócios. Por sua vez, a inteligência de ameaças contribui para que a empresa saiba como agir para evitar ou responder a riscos cibernéticos com eficiência. Entenda!
Tempo de leitura: 5 minutos
threat intelligence

Sumário

Threat intelligence ou inteligência de ameaças cibernéticas é a análise de um conjunto de dados para identificar riscos cibernéticos em potencial e definir as melhores ações de segurança para uma empresa.

Para que isso aconteça, é possível colher informações oriundas de ataques cibernéticos que tenham se concretizado mundo afora. Dados que vão desde os mecanismos usados pelos criminosos e os diferentes tipos de ameaça às formas de defesa adotadas pelas vítimas para responder ao problema.

Assim, falamos de um conjunto de dados que permite que as equipes de segurança cibernética sejam mais proativas e adotem medidas mais eficazes para prevenir ataques e combatê-los. Saiba mais!

Ciclo de vida da inteligência de ameaças

Para aplicar a cyber threat intelligence, é preciso conhecer o ciclo de vida que essa inteligência tem, ou seja, o processo contínuo por meio do qual a equipe de segurança atua para otimizar sua abordagem e manter a empresa sempre protegida.

Embora variações sejam possíveis, o mais comum é que esse ciclo seja composto por seis etapas. Veja só:

Etapa 1: Planejamento

Nessa etapa, os analistas de segurança definem os requisitos de inteligência contando com a ajuda de lideranças executivas e de departamentos, membros da TI e outros que estejam envolvidos na tomada de decisões sobre segurança cibernética.

Esses requisitos são definidos a partir de uma série de perguntas que precisam ser respondidas para orientar o desenho do plano. Por exemplo, pode-se querer saber quais as chances de uma ameaça com crescente destaque atingir a organização e quais as possíveis consequências.

Etapa 2: Coleta de dados de ameaças

Para a etapa seguinte, a equipe coleta informações que podem ajudar a responder os questionamentos feitos para definir os requisitos de segurança. Uma forma de fazer isso é analisar como ataques provocados pela mesma ameaça aconteceram, como as empresas atingidas procederam e quais resultados obtiveram. 

Existem diferentes fontes para buscar essas informações, como:

  • Atualizações de inteligência de ameaças por meio do rastreio de Indicadores de Comprometimento (IoCs) de ataques comuns e outros;
  • Comunidades de compartilhamento de informações de segurança cibernética, como fóruns e afins;
  • Registros de segurança interna, como SIEM, SOAR, EDR e XDR, entre outras.

Etapa 3: Processamento

A etapa seguinte da inteligência de ameaças cibernéticas envolve compilar, organizar e estabelecer correlações entre os dados coletados com o objetivo de facilitar o processo de análise.

O processamento pode ser automatizado a partir do uso de soluções baseadas em inteligência artificial (AI) e machine learning, facilitando a identificação de padrões e tendências.

Etapa 4: Análise

Depois, é preciso analisar os dados e é nessa etapa que as informações coletadas realmente se tornam parte da threat intelligence. Os analistas de segurança testam os padrões e tendências identificados na etapa anterior buscando insights que possam atender aos requisitos de segurança definidos pela empresa.

Etapa 5: Disseminação

Esses insights são apresentados em forma de sugestão. Considerando os riscos aos quais a organização está sujeita ― em razão das vulnerabilidades da sua infraestrutura de TI, sua área de atuação e outros fatores ―, a equipe indica quais recursos e medidas seriam mais adequados para atender aos requisitos definidos.

Os insights ou sugestões vão desde a aplicação de metodologias para ampliar a identificação de vulnerabilidades a processos corretivos para corrigir falhas e aumentar os níveis de segurança cibernética de acordo com prioridades previamente definidas.

Etapa 6: Feedback

A etapa final do processo de threat intelligence é a revisão do ciclo de inteligência aplicado para conferir se os requisitos foram atendidos, identificar lacunas e levantar novas perguntas que orientem o próximo ciclo.

Tipos de inteligência de ameaças cibernéticas

A inteligência de ameaças pode ser compreendida a partir de quatro tipos ou níveis diferentes:

  1. Estratégica;
  2. Operacional;
  3. Tática;
  4. Técnica.

Inteligência estratégica

Esse tipo de threat intelligence diz respeito a uma visão geral de alto nível das ameaças que podem atingir a organização, considerando tendências amplas relativas à localização, política e negócios, além de novas ferramentas de segurança necessárias para combatê-las.

Comumente, é apresentada a pessoas que compõem a alta-gestão, os chamados C-levels.

Inteligência Operacional

Por sua vez, a inteligência de ameaças operacional leva a uma avaliação geral de potenciais ameaças e a supervisão dos métodos corretivos. Assim, inclui buscar a origem de um ataque para definir a probabilidade da empresa se tornar uma vítima, considerando suas vulnerabilidades e outros fatores.

Sendo assim, esse tipo de inteligência é capaz de impactar a adoção de ferramentas e suas políticas de configuração de modo a garantir o máximo de eficiência contra ameaças possíveis.

Inteligência Tática

A inteligência tática é projetada para combater ameaças específicas quando e onde se concretizam, ou seja, em tempo real. Para tanto, envolve informar à ferramentas de segurança ― como SIEM, EDR, firewall corporativo e outros ― como agir para executar as correções necessárias.

Inteligência Técnica

O último tipo de cyber threat intelligence é uma evidência de IoCs ou de que um ataque está acontecendo. Uma verificação que pode ser baseada em AI e que pode incluir a análise de e-mails oriundos de tentativas de phishing, endereços de IP de infraestruturas C2 e amostras de malwares conhecidos.

O que a inteligência de ameaças faz

Ainda que funcionem de formas diferentes, todos os tipos de inteligência de ameaças ajudam as empresas a entenderem possíveis riscos e diferentes tipos de ataque, bem como o que fazer para se defender.

Ainda, é algo que ajuda as organizações a responder de forma eficiente a ameaças que já tenham se concretizado e estejam a afetando no momento presente.

Todo esse processo pode ser feito pela TI interna, caso seja possível absorver essa demanda que envolve um esforço contínuo, ou por meio de um serviço terceirizado desempenhado por especialistas de fora da organização.

Por que desenvolver a threat intelligence

A inteligência de ameaças permite que uma empresa seja proativa e previna ataques ao invés de ser reativa e opte por lidar apenas com riscos concretos. Em outras palavras, a estratégia é importante para que a organização evite problemas de cibersegurança e para que saiba melhor como agir, mitigando seus efeitos, caso alguma ameaça se torne real.

É algo que pode evitar perdas financeiras significativas, manter as operações da empresa para não interromper o atendimento aos clientes e até salvar os negócios.

E, como indicamos, o time interno de TI não é a única opção para a threat intelligence. Assim, se o desafio é ter pessoal suficiente e qualificado, sua empresa pode contar com a Prolinx, terceirizando o processo e deixando essa iniciativa de segurança nas mãos dos nossos especialistas.


Para entender melhor como podemos ajudar, conheça nosso serviço de Gestão de Vulnerabilidades!

WhatsApp
LinkedIn
Facebook
Twitter