As ameaças cibernéticas estão acelerando e, mesmo após a pandemia, o ransomware continua a ser a principal delas. De acordo com o Relatório Global de Ataques Cibernéticos do 1º Trimestre de 2025, produzido pela Check Point Software, o número médio de ataques por organização por semana aumentou para 1.925, um aumento de 47% em relação ao mesmo período em 2024.
O cenário da cibersegurança muda diariamente, e manter-se informado sobre o contexto atual e as tendências futuras é fundamental. Essa realidade ocorre devido à crescente digitalização das organizações, o que aumenta a superfície de ataques, fazendo com que documentos armazenados em nuvem possam ser sequestrados ou criptografados.
Tendências indicam ataques mais sofisticados e direcionados a setores críticos. A adoção de IA, computação em nuvem e descentralização estão introduzindo tanto novas oportunidades quanto novos riscos. Além disso, o erro humano continua a ser uma das maiores vulnerabilidades em segurança.
Conheça neste conteúdo as principais ameaças cibernéticas apontadas para 2026. Entenda de que maneira elas podem causar problemas e danos às empresas e por quais motivos. Veja, ainda, como os avanços em relação à tecnologia, que proporcionam tantos benefícios, também podem viabilizar ataques e vazamento de dados, o que demanda investimento em cibersegurança. Acompanhe!
1. Ransomware em evolução contínua
O ransomware permanece como uma das maiores ameaças cibernéticas à segurança da informação organizacional, especialmente à segurança de infraestruturas críticas. Os ataques continuarão evoluindo com métodos de extorsão duplos e triplos, visando grandes organizações com impacto financeiro severo. Especialistas do setor apontam que a ameaça cibernética não apenas se manterá presente no dia a dia corporativo, como tende a crescer em volume e sofisticação.
Exemplo disso é que, de acordo com o National Cyber Threat Assessment 2025‑2026, espera-se que os agentes de ransomware intensifiquem extorsões e refinamentos técnicos para pressionar suas vítimas e escapar da ação das autoridades. Estudo da IDC revela que 37% das empresas já sofreram com esse tipo de ataque nos últimos anos. Uma das formas mais eficazes de prevenção segue sendo a educação digital dos colaboradores, com foco em boas práticas e atenção a ameaças como o phishing.
2. Ataques impulsionados por Inteligência Artificial
Não é novidade o uso da inteligência artificial no campo da cibersegurança, porém, o nível de sofisticação alcançado em 2025 exige atenção redobrada para o próximo ano em relação às ameaças cibernéticas.
O desafio é lidar com a evolução de modelos de IA autônomos que são capazes de planejar e executar ataques sem necessidade de intervenção humana, tornando o cenário digital ainda mais complexo.
As empresas devem se atentar a um fenômeno conhecido como Agentic AI, que já é realidade: algoritmos com capacidade de tomar decisões em tempo real, adaptar estratégias e invadir redes de forma inteligente. Dessa forma, a IA vai atuar como facilitadora e amplificadora das ameaças, a IA vem transformando ataques em escalas inéditas.
Alguns levantamentos e ocorridos reforçam isso:
- A IA permitirá que atores maliciosos explorem deepfakes, engenharia social e ferramentas de ataque automatizadas, inclusive com phishing automatizado e voz/foto falsificadas;
- Estimativa aponta que, até 2027, mais de 40 % dos incidentes de segurança poderão derivar do uso indevido de IA, vindos de falhas de comportamento ou falhas de vigilância;
- A ameaça de malware agentic (autônomo, guiado por IA) já preocupa especialistas e, de acordo com uma previsão da OTAN, esses ataques poderão atacar infraestruturas críticas em apenas dois anos.
Por outro lado, cresce o investimento em IA defensiva, como sistemas automatizados de detecção de ameaças e respostas rápidas com base em machine learning. A IA será amplamente usada para análises preditivas, correlacionando grandes volumes de dados para identificar padrões de ataques antes que se concretizem.
3. Quantum security: “harvest now, decrypt later”
Da mesma forma que a computação quântica se torna mais próxima da realidade, os sistemas de criptografia atuais correm o risco de se tornarem ultrapassados. Isso se dá porque computadores quânticos serão capazes de quebrar os algoritmos que hoje protegem transações, comunicações e dados sensíveis.
O avanço da computação quântica tende a quebrar algoritmos de criptografia vigentes:
- Novo relatório do Capgemini Research Institute aponta que cerca de 70% das organizações já estão implementando soluções “post‑quantum”;
- Ainda de acordo com o Capgemini Research Institute, 65% acreditam em ataques do tipo “colher agora, descriptografar depois”, ou seja, armazenar dados cifrados para serem decifrados quando o quantum for potente;
- No setor financeiro, a combinação IA e computação quântica é encarada como dupla ameaça: deepfakes, malware autoadaptativo e riscos à criptografia (RSA, ECC); o cenário pede estratégias como criptografia pós-quântica e protocolos como QKD.
Dessa forma, a criptografia pós-quântica (PQC) está entre as maiores tendências contras as ameaças cibernéticas para 2026. Grandes empresas de tecnologia, como a Apple, já começaram a implementar protocolos compatíveis com esse novo paradigma.
Para as organizações que desejam se manter seguras, será necessário planejar essa transição com antecedência. Para isso, as empresas deverão investir em treinamentos focados em infraestrutura segura e compliance.
4. Exploração de APIs, cadeias de suprimentos (supply chain) e infraestruturas de terceiros
Dentre as principais ameaças cibernéticas, especialmente no setor financeiro, a previsão é de que cibercriminosos continuem explorando vulnerabilidades em Interfaces de programação de aplicativos (APIs) e na cadeia de fornecimento, tornando auditorias e parcerias seguras uma prioridade.
Um ataque bem-sucedido na cadeia de suprimentos pode comprometer toda a organização-alvo via fornecedores menos protegidos.
5. Ataques altamente evasivos (HEAT) e ameaças adaptativas
Uma Highly Evasive Adaptive Threats ou Ameaça Adaptativa Altamente Evasiva está entre as principais ameaças cibernéticas para 2026. Ela utiliza técnicas para se esconder de ferramentas de segurança tradicionais.
Os atacantes criam links ou outros métodos maliciosos que parecem inofensivos, enganando os sistemas de segurança e os usuários, que pensam que são seguros. Com isso, exploram brechas em defesas tradicionais, disfarçando links maliciosos em URLs que passam despercebidos pelos filtros.
São ataques que fogem das proteções convencionais, atingindo navegadores e usuários com eficiência surpreendente. Os principais objetivos dessa operação é a obtenção de acesso inicial a sistemas, realizar phishing ou instalar ransomware, explorando as falhas de segurança dos navegadores e outros softwares.
São consideradas ameaças adaptativas porque evoluem para contornar as defesas à medida que são detectadas.
6. Fadiga, distração e erros humanos como vetor crítico
Um estudo recente da KnowBe4 aponta que a distração dos colaboradores agora supera a sofisticação dos ataques como origem dos incidentes, uma realidade citada por 43% dos profissionais de segurança cibernética. O Phishing segue como método mais comum (74%), com preocupação crescente sobre deepfakes e IA em ataques futuros (60%).
De acordo com o levantamento, os funcionários frequentemente enfrentam técnicas de engenharia social, como a personificação de funcionários, um problema que cresceu em escala e intensidade nos últimos anos.
Esse contexto faz com que o erro humano seja considerado uma das principais ameaças cibernéticas para 2026, devendo ganhar a atenção das empresas.
7. Ameaças geopolíticas e profissionalização do cibercrime
As ameaças geopolíticas, com os ataques patrocinados por Estados em meio a conflitos (Rússia‑Ucrânia, Taiwan‑China, Oriente Médio), e a crescente profissionalização do cibercrime, com organizações criminosas se profissionalizando — especialmente grupos de ransomware com técnicas sofisticadas, extorsões complexas e atuação patrocinada por atores estatais, têm impactos estratégicos, afetando empresas e setores sensíveis.
A tendência é que se intensifiquem os ataques a infraestruturas críticas, resultando em instabilidade, espionagem e sabotagem de nações, além de um aumento de fraudes e roubos de dados para indivíduos e empresas.
Essa realidade gera prejuízos financeiros, danos à reputação e desconfiança nos serviços digitais, o que exige cooperação internacional e uma maior conscientização e investimento em segurança, portanto, essa realidade figura como uma das principais ameaças cibernéticas para o próximo ano.
Conte com a Prolinx para se proteger das ameaças cibernéticas!
Muito mais do que estar por dentro das principais ameaças cibernéticas que trarão desafios para as empresas no próximo ano, as organizações devem se organizar e investir em ferramentas e soluções que sejam capazes de se antecipar a essas ameaças que já são uma realidade em todo mundo. Para isso, é muito importante contar com o apoio de uma consultoria especializada, que está preparada para lidar com esse contexto – como a Prolinx.
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