O impacto dos ciberataques de Estado-nação: proteja sua empresa

Um ataque cibernético de Estado-nação pode ter como alvo empresas do setor público e privado, de modo a comprometer suas operações ou roubar informações sensíveis que podem ser usadas de forma estratégica pelos mandantes do crime.
Tempo de leitura: 6 minutos
ataques cibernéticos de Estado-nação

Sumário

Conhece a ideia de que tudo vira oportunidade para pessoas mal-intencionadas? Pois bem. Os ataques cibernéticos de Estado-nação aumentaram em razão do ataque da Rússia à Ucrânia, mas isso não significa que são exclusividade desse contexto.

Empresas sediadas em países aliados a qualquer um dos lados de um conflito podem entrar na mira dos criminosos também. Além disso, táticas usadas por esses hackers podem virar tendência para ataques contra qualquer tipo de organização, em qualquer lugar do mundo.

Considerando tudo isso, a realidade da “guerra híbrida” ― em que parte acontece no campo virtual ― precisa ser um assunto no radar da equipe de Segurança da Informação da sua empresa. Um bom ponto de partida é este blogpost. Boa leitura!

O que é um ataque cibernético a um Estado-nação?

Um ataque cibernético a um Estado-nação é uma ofensiva digital orquestrada contra outro país, visando obter informações sensíveis e/ou comprometer sua infraestrutura, sistemas e dados. Assim, falamos de uma operação realizada ou apoiada por entidades governamentais e que, na maioria das vezes, tem motivações políticas, econômicas ou militares.

Por que empresas não-governamentais podem ser alvo desse tipo de ataque?

Até aqui, pode parecer que os  ataques cibernéticos de Estado-nação são sempre de um governo contra o outro, deixando de fora dessa guerra as empresas da iniciativa privada. Contudo, não é necessariamente assim.

Empresas privadas podem operar em setores críticos para a segurança de uma nação, como saúde, energia e tecnologia, ou fazer parte da cadeia de suprimentos. Além disso, podem deter informações sensíveis e estratégicas para os mandantes do ataque.

Sendo assim, são muitas as organizações que podem se tornar alvo desse tipo de ataque, seja com o intuito de dificultar as operações e enfraquecer o país adversário ou de obter informações e manipular a opinião pública, por exemplo.

Ainda, o ponto mais importante é saber que as parcerias com o cibercrime para os ataques de Estado-nação estão se tornando cada vez mais comuns, conforme identificado por um estudo da Trellix que abriu investigações após o ataque russo.

Quais os principais vetores desses ataques cibernéticos?

Considerando tudo isso, a dica é não esperar até que o Brasil esteja em foco em algum conflito (isso dificilmente irá acontecer), mas entender que não há nada que impeça algum governo e suas parcerias cibernéticas, independentemente do motivo, de mirar empresas sediadas aqui.

Por essa razão, é válido conhecer os principais tipos de ciberataques de Estado-nação. Acompanhe:

Phishing

O phishing é uma estratégia comum nos ataques cibernéticos de Estado-nação por terem alto potencial de fazer vítimas. Isso porque consiste no envio de comunicações via e-mail, SMS ou aplicativos de mensagem, vinda de fonte aparentemente confiável e com links ou anexos maliciosos.

Dessa forma, se o destinatário não tiver atenção e não verificar o remetente para identificar a farsa, pode acabar clicando e infectando seu dispositivo e a rede corporativa com malwares, dando aos cibercriminosos acesso ao equipamento e ao sistema da empresa.

Ataque distribuído de negação de serviço (DDoS)

Por sua vez, ataques a endpoints têm o objetivo de sobrecarregar os servidores da organização-alvo, fazendo com que seja difícil ou até impossível manter as operações normais. É um ataque de Estado-nação que comumente ocorre para deixar indisponíveis as infraestruturas críticas de empresas de energia ou telecomunicações, por exemplo.

Ataque de malware e ransomware

Um ataque de Estado-nação pode usar diferentes tipos de malware para danificar sistemas ou coletar informações sensíveis com objetivos de espionagem ou sabotagem. As informações obtidas podem ser vendidas pelos hackers à nação parceira ou até oferecidas a outras nações.

Já os ataques que usam ransomwares podem ser executados com o propósito de roubar dados sensíveis e extorquir as empresas vitimadas ou simplesmente desestabilizá-las, provocando o mesmo efeito no país-alvo.

Ataque de backdoor

Ainda, os responsáveis por ciberataques de Estado-nação, por vezes, optam por deixar vulnerabilidades no sistema da empresa-alvo para que consigam retornar em outros momentos, o que configura o backdoor attack ou ataque de backdoor.

Pode levar meses ou até anos para que usem essas vulnerabilidades que são implantadas justamente para manter o acesso persistente aos sistemas visados pelos criminosos, além de permitir que façam um monitoramento discreto, copiem dados e encontrem outras vulnerabilidades úteis.

Como se defender de ataques cibernéticos de Estado-nação

Como qualquer outro tipo de ataque hacker, os ataques cibernéticos de Estado-nação estão se tornando cada vez mais complexos. Isso faz com que seja necessário analisar bem os recursos de segurança já implementados para fortalecê-los ou substituí-los por outros que favoreçam uma postura proativa e mais eficiente.

O time de especialistas da Prolinx recomenda a adoção das seguintes medidas:

Implementar um firewall e sistemas de detecção de intrusões

Contar com um bom firewall e com sistemas de detecção de intrusões (IDS) é essencial em uma estratégia de defesa cibernética.

Como você sabe, o firewall atua como uma barreira entre a rede interna e a internet, controlando o tráfego com base em regras de segurança predefinidas. Atualmente, o WAF ― Web Application Firewall é a melhor escolha contra ciberataques de Estado-nação por cobrir as aplicações web, largamente usadas em qualquer empresa, e seus dados, garantindo uma camada extra de proteção.

Já os IDS são soluções que monitoram o tráfego em busca de padrões suspeitos ou comportamentos maliciosos que indiquem uma possível intrusão. Ao implementar ambas as soluções, sua empresa pode bloquear ou alertar a equipe interna de TI acerca de tentativas de acesso não autorizado aos seus sistemas, para que atuem de forma a prevenir e detectar os ataques.

Manter sistemas e softwares atualizados

Outra medida básica é manter sistemas operacionais, aplicativos e softwares de segurança atualizados para eliminar vulnerabilidades conhecidas que poderiam ser exploradas por hackers. Para tanto, basta acompanhar os alertas enviados pelos desenvolvedores das soluções que, frequentemente, lançam patches e atualizações de segurança para corrigir falhas e brechas de segurança em seus produtos.

Manter os sistemas atualizados é reduzir de forma significativa a superfície de ataque e aumentar a capacidade da sua empresa de resistir a possíveis ciberataques de Estado-nação.

Realizar treinamentos de conscientização em segurança cibernética

É fundamental lembrar que os usuários da empresa são a principal “porta de entrada” para um ataque cibernético de Estado-nação. Falamos de seus colaboradores e qualquer outra pessoa que tenha acesso à sua rede e aplicações.

Por essa razão, deve-se investir em ações de conscientização em segurança cibernética, melhores práticas na web e treinamentos regulares para que todos saibam reconhecer e evitar ameaças comuns, como phishing e outras que coloquem em risco a integridade dos sistemas e dos dados gerados e gerenciados pela organização.

Criar políticas de segurança robustas e realizar auditorias regulares

Nossos especialistas também recomendam que sua empresa desenvolva e saiba gerenciar políticas de segurança abrangentes, que forneçam orientações claras às pessoas que lidam com informações sensíveis, acessam sistemas e aplicações e que têm a responsabilidade de responder a incidentes cibernéticos.

Ainda, destacam que a realização de auditorias regulares ajuda a garantir que essas políticas sejam implementadas e seguidas corretamente, de modo a fortalecer a postura de segurança da organização e reduzir as chances de sucesso de um ciberataque de Estado-nação.

Estabelecer planos de resposta a incidentes cibernéticos

Por fim, é válido criar um plano de resposta a incidentes para ter previamente definidas as medidas a serem seguidas em caso de violação de segurança ou ciberataque de Estado-nação.

Esse tipo de plano inclui os nomes e/ou cargos dos responsáveis por cada ação, e etapas para detectar, responder, conter e executar as estratégias de recuperação a partir de um problema concreto. Assim, é algo que permite que sua empresa esteja devidamente preparada para lidar com eficácia e rapidez caso um ataque ocorra, inclusive para minimizar potenciais danos e evitar a paralisação das operações.

Conte com a Prolinx para manter sua empresa segura

Percebeu que o risco de ser vítima de ciberataques de Estado-nação tem muito a ver com a existência de vulnerabilidades que podem ser exploradas pelos hackers? É por isso que uma abordagem proativa e contínua é necessária para manter sua empresa protegida.

A ideia é identificar brechas e corrigi-las antes que se transformem em uma oportunidade para os cibercriminosos, além de criar condições ― a partir das medidas que indicamos ― para responder a eventuais ataques com celeridade e eficácia.

Acontece que o trabalho de identificação e correção de vulnerabilidades é contínuo porque o uso constante de soluções digitais faz com que novas falhas surjam constantemente, o que demanda um acompanhamento praticamente ininterrupto. Te parece inviável? É justamente por isso que sua empresa pode contar com a Prolinx enquanto parceira.

Conheça o ProSec, solução exclusiva da Prolinx, e nosso serviço de Gestão de Vulnerabilidades! Conte conosco para garantir monitoramento constante de Segurança da Informação e eventos de segurança em sua empresa!

WhatsApp
LinkedIn
Facebook
Twitter